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Receoso, Kiara Rocks chama Paul Di'Anno e Marcão para abrirem a Slayer

22 set 2013 - 19h48
(atualizado às 20h03)
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Interagindo com o público, Kiara Rocks se apresentou neste domingo (22) no último dia de Rock in Rio
Interagindo com o público, Kiara Rocks se apresentou neste domingo (22) no último dia de Rock in Rio
Foto: Mauro Pimentel / Terra

As edições cariocas do Rock in Rio são conhecidas por certas hostilidades do público em relação àquelas atrações que, por ventura, ficaram um pouco deslocadas no meio da programação. Lembrando-se da chuva de copos em Carlinhos Brown, na edição de 2001, os novatos do Kiara Rocks apelaram para convidados especiais para não fazer feio ao abrir o palco Mundo, neste domingo (22), antes do peso do Slayer. Para conquistar o público, o grupo paulistano teve as participações especiais de Paul Di'Anno, ex-Iron Maiden, e Marcão, ex-guitarrista do Charlie Brown Jr.

Abrindo com Ace of Spaces, clássica do Motörhead, a primeira música já era um prenúncio de que o show seria para não bater de frente com o público metaleiro do festival. Agradecendo o apoio da plateia, o vocalista Cadu Pelegrini salientou que o último dia estava lotado de pessoas “fodas”.

Editor do Terra faz tatuagem do Metallica no Rock in Rio:

Após o cover, o Kiara Rocks começou a apresentação propriamente dita, com Sinais Vitais, Falso Alarme, In Coma, Nada a Perder e Alice. E com suas canções recheadas de influências do hard rock e metal, a banda pareceu agradar – ou pelo menos não incomodar  – aqueles que realmente esperavam Iron Maiden, Slayer e Avenged Sevenfold.

Mas foi no meio da apresentação que o Kiara Rocks usou sua carta na manga. Chamando Paul Di'Anno e Marcão, o grupo emendou três covers que fizeram a espera da plateia um pouco mais prazerosa. Vieram Highway to Hell, do AC/DC, Blitzkrieg Bop, dos Ramones, e Wratchchild, do Iron. Após as músicas, Di'Anno pareceu estar emocionado com a massa de gente, dizendo que seria um sonho tocar com sua banda solo.

Mais relaxado, o Kiara Rocks seguiu com suas canções próprias e não fez feio com a exigente plateia do Rock in Rio, e fechou com Não vai adiantar e Últimos Dias, que recebeu solos de bateria e guitarra. No fim, a plateia aprovou e gritou o nome da banda, indicando que o grupo passou no difícil teste de encará-la de frente.

“Muito obrigado por terem nos dado a melhor noite de nossas vidas”, disse, com a sensação de missão cumprida, o vocalista Cadu Pelegrini. “Não precisa usar a raiva contra as bandas que estão aqui, querendo representar o metal nacional, mas sim contra esses políticos filho da p****, que roubam vocês todos os dias. Muito obrigado, esse é o melhor presente que a gente já teve.”

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Fonte: Terra
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