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"O Live Aid arruinou minha vida", diz Bob Geldof, idealizador do concerto 

14 jul 2020 - 10h42
(atualizado às 11h12)
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Bob Geldof pareceu se sentir muito desconfortável e, talvez, até amargurado quando toca no assunto do Live Aid, o lendário festival que aconteceu no dia 13 de julho de 1985, simultaneamente em Londres e na Filadéfia (EUA).

Foto: Dean Chalkley | Divulgação
Foto: Dean Chalkley | Divulgação
Foto: The Music Journal

Em uma recente entrevista à agência Associated Press, Geldof, um icônico músico irlandês de 68 anos que liderou a banda Boomtown Rats nos anos 1970, chegou a dizer que o Live Aid arruinou sua vida.

"Não me foi permitido voltar ao trabalho", explicou. "Sou cantor pop. É literalmente assim que eu ganho dinheiro. Esse é o meu trabalho. Levanto pela manhã e, se eu estiver de bom humor, vou tentar escrever músicas. Vou tentar

ensaiar", disse.

Mas o que levou Bob Geldof a mencionar o modo de ganhar o seu pão na entrevista?

Geldof, na época com 33 anos, se uniu ao Midge Ure do Ultravox para realizar um concerto contra a pobreza na África. Então, elaboraram o Live Aid - o nome é uma alusão ao supergrupo Band Aid, que ele também ajudou a formar em 1984 -, um concerto que aconteceria no Wembley Stadium em Londres e no JFK na Filadélfia (EUA).

Ambos os concertos arrecadaram mais de US$ 127 milhões.

Geldof admite que todo esse acontecimento o deixou "perplexo por um tempo", acrescentando que ele não tinha muito dinheiro na época e que sua imagem vinculada diretamente ao Live Aid afetava inteiramente sua vida particular e, provavelmente, lhe custou o casamento com Paula Yates.

Em tempo: Paula Yates, falecida em 2000, deixou Geldof para iniciar um relacionamento com Michael Hutchence do INXS.

Geldof chegou a ser apelidado na época de Saint Bob (São Bob), pela iniciativa em combater a fome no continente africano.

Chegou a receber o título de Cavaleiro Honorário do Império Britânico (KBE) da Rainha Elizabeth II em 1986 por esse feito.

Mas 35 anos depois, sobrou pouco entusiasmo para ele.

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