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E-40 mostra melhor forma como rapper em lançamento

6 abr 2010 - 10h55
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O rapper E-40, de Vallejo, Califórnia, está na estrada há tempo suficiente para saber o que o mundo tem contra ele. "Gente que diz que meu rap é fora do ritmo/ Vocês otários tentando dizer que E-40 é maluco", ele canta em All I Need, não só dentro e fora do ritmo mas em torno dele e a despeito dele.

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Um dos grandes inovadores rítmicos do hip-hop, E-40 passou mais de 20 anos desafiando as cadências convencionais, cantando aos soluços, aos grunhidos, aos resmungos. Houve momentos em que ele esteve na liderança do rap da região de San Francisco, e outros em que se posicionou mais como um tiozão benevolente. Nestes dois álbuns, embalados e vendidos separadamente, ele faz as duas coisas.

O 11° e 12° álbuns da carreira de E-40 são ágeis e versáteis ainda que tomados como conjunto eles funcionem mais como defesa de um argumento do que como prova de qualidade de execução - afinal, lançar 38 canções ao mesmo tempo certamente envolve alguma proporção de gravações mais fracas. Mas E-40, 42, ainda está perto de sua melhor forma como rapper, e seu ouvido para produções grandiosas parece intacto.

É comum que ele salte de tópico a tópico de modo que combina bem com a abordagem dispersa que adota, mas o álbum Day Shift oferece algumas faixas com narrativa incomumente forte, como The Art of Story Tellin', I'ma Teach Ya How to Sell Dope e It's Gotta Get Betta, que fala de suas preocupações sociais.

Mais de metade das faixas contam com convidados: Too Shorty, outro dos rappers veteranos da região de San Francisco, participa bem de algumas canções, Gucci Mane parece se divertir em Whip It Up, e numerosos astros regionais (the Jacka, Dem Hoodstarz, Mistah FAB) exibem talento impressionante, especialmente Ya Boy e Turf Talk em Knock 'Em Down Music.

Turf Talk é primo de E-40, mas a verdadeira história de sucesso familiar é a de Droop-E, filho de E-40 e um dos mais talentosos produtores jovens de hip-hop. Seus beats nos novos discos do pai são inconfundíveis: acompanhamento mínimo em faixas como Undastandz Me, Got It e Back in Business, que dão a E-40 espaço para acomodar as letras. "Credibilidade de rua, história e longevidade/ Química entre pai e filho", canta E-40 em Got It.

Droop-E também produz a menos convencional das faixas nos dois discos, Spend the Night, que usa um sample de Oceania, de Bjork, e constrói a batida em torno de seus gorjeios, sussurros e gritos (usados no refrão). É uma parceria inteligente e digna de E-40, com uma das poucas vocalistas em qualquer gênero capaz de manipular palavras à maneira dele.

Foto: MySpace / Reprodução
The New York Times
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