Depeche Mode, fiel a seu próprio estilo, flerta com a morte e a poesia em 'Memento Mori'
Álbum, cujo título significa 'lembre-se da morte', é como uma homenagem ao tecladista Andy Fletcher, morto em 2022
O Depeche Mode sempre foi um gênero em si: uma vibração, uma espécie de reverberação atemporal, nostálgica, obscura, ousada, às vezes sombria demais, mas sempre genial.
O 15º álbum de estúdio do Depeche Mode, Memento Mori (Columbia Records), cujo título significa "lembre-se da morte" em latim, parece uma homenagem ao seu membro fundador e tecladista Andy Fletcher, falecido em maio de 2022, aos 61 anos, e uma missão de afirmação para a música da banda do Hall da Fama do Rock and Roll, agora formada apenas por Dave Gahan e Martin Gore.
Canções vão do bizarro ao comovente
As 12 canções do álbum Memento Mori são totalmente Depeche, soando completamente inebriantes, artisticamente evocativas e às vezes desconcertantes, como a bizarra e comovente Caroline's Monkey. Sua música olha com amor para o abismo e nos pede que o amemos. A morte sempre espreita na periferia do som - industrial, chuvoso e próximo ao grunge, que por sua vez também é carregado de uma estranha gentileza.
Soul with Me é uma balada incrível onde a voz de Gahan muda até o irreconhecível. Before We Drown é uma faixa eletrônica sensual.
My Cosmos Is Mine tem uma batida dramática que funciona, Ghost Again envolve com sua linha de baixo e People are Good tem um vibrato incomum.
O Depeche Mode pode estar enfrentando sua própria mortalidade, mas seu poder como músicos se estende ao infinito.
TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU