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Cristiano proibiu bebidas no camarim para ajudar Zé Neto: "Vilão"

A dupla sertaneja passou 90 dias afastada das atividas para que Zé Neto pudesse se recuperar mentalmente

28 nov 2024 - 07h30
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Amigo de ouro

Depois de anunciar a volta aos palcos, Cristiano abriu o coração sobre o período em que Zé Neto estava em tratamento contra a depressão e síndrome do pânico. A dupla sertaneja passou três meses afastada das atividades devido ao tratamento da saúde mental.

Cristiano revelou à imprensa que a amizade foi abalada nos últimos três anos por conta das negligências de Zé Neto, algo que quase motivou a separação da dupla após 13 anos de estrada. "Ele fumava, perdia a voz, ia pro show, bebia, tomava remédio e no outro dia via os comentários ruins e se afundava mais ainda. Então, a cada dia ele foi se afundando", relatou ele.

"Eu e o Zé nunca brigamos, mas passamos a ter umas discussões, principalmente por esse lance de eu não querer bebida no camarim. Ele não enxergava e conseguia assumir que estava doente", acrescentou Cristiano. "Ele me via como um vilão da história, porque eu proibia álcool no camarim. A pessoa tem dificuldade em enxergar essa doença [depressão] e eu estava vendo de fora a transformação na personalidade do Zé".

"Era uma pessoa que precisava se dopar para subir no palco, ele bebia, juntava com o efeito da medicação e ele ficava perdido, falava muito durante o show, se perdia nas falas, era repetitivo, não cantava, a voz estava prejudicada pelo cigarro eletrônico", desabafou Cristiano, que cogitou encerrar a parceria musical por entender que Zé Neto corria risco de vida.

O artista também afirmou que "a carreira, o dinheiro e o sucesso" não faziam mais sentido neste período, pois Zé Neto "ia morrer" devido aos vícios. "Chamei os nossos sócios e fui bem direto. Eu queria salvar o meu amigo antes de qualquer coisa. […] Ele saia dos shows como piada, ele entrava nos camarins de artistas amigos nossos e eu tinha vontade de arrancar ele de lá. Foi difícil, mas ele assumiu que estava doente", completou.

Vícios e remédio

Zé Neto também se pronunciou sobre os vícios na noite de terça-feira (26/11), quando se apresentou ao lado de Cristiano num evento em São Paulo. O cantor reconheceu que estava passando dos limites e atrapalhando as próprias apresentações musicais.

"[A bebida] foi sem dúvida um problema grande na minha vida e também o cigarro eletrônico, que foi algo que começou a prejudicar a coisa que eu mais amo fazer, que é cantar", começou o sertanejo, em uma gravação divulgada pela página TV Meu Sertanejo.

"Então, o que acontecia? Eu ia para o show e chegava fumando o pendrive [vape], aquela bost* lá. E, aí, automaticamente ficava rouco, ia dar entrevista e ficava com vergonha. Já fomos chamados para vários DVDs que não fomos por insegurança minha, por medo. Eu chegava ao camarim e me dava medo, aquele negócio. Eu falava 'meu Deus do céu, eu tenho que subir pra cantar e não tenho voz'. Aí, o que eu fazia? Bebia, bebia, bebia e subia anestesiado".

O sertanejo reconheceu que as pessoas ao seu redor estavam preocupadas com sua situação: "Muitas pessoas percebiam, mas alguns já estavam acostumados. Também ia do jeito que tava. Mas, realmente, foram dias muito difíceis. Acabei cometendo erros pela bebida, falando demais talvez em alguns momentos. Eu falo muito quando estou são, mas bêbado é pior ainda. E ainda bêbado com efeito de remédio".

"Foi uma fase muito complicada. O Cristiano já estava lavando as mãos. Lavando as mãos não porque é meu irmão, mas estava sofrendo bastante com a situação, as pessoas em volta sofrendo bastante, nossos fãs também. Eles enxergavam as lágrimas por trás desse sorriso de palhaço", declarou Zé Neto, acrescentando que passou por "várias sessões de terapia" para se reencontrar.

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