Conta de Kanye West no X é cancelada por Elon Musk
Dono da plataforma social restringiu o acesso do rapper pelo seus discursos de ódio
O empresário Elon Musk, dono da plataforma social X, restringiu a conta do rapper Kanye West depois que este realizou discursos de ódio por três dias seguidos.
O bilionário da tecnologia também deixou de seguir Kanye West e afirmou que sua conta agora estava classificada como NSFW (não segura para o trabalho).
"Dado o que ele postou, sua conta agora é classificada como NSFW. Você não deveria mais ver isso", escreveu Elon Musk em resposta a um seguidor que reclamou que Kanye West estava postando "pornografia literal na linha do tempo".
Algumas horas depois da reclamação do fã, Kanye West anunciou que estava "desconectando" e agradeceu a Elon Musk por deixá-lo desabafar. Em seguida, a conta do rapper foi desligada.
West também chocou seus seguidores com uma série de postagens com discursos de ódio, onde ele se autodenominou "racista" e afirmando ter "domínio" sobre sua esposa, Bianca Censori. Além disso, o cantor postou uma série de outros discursos atacando artistas como Taylor Swift e Kendrick Lamar durante o Super Bowl, dizendo: "Enquanto eu tuíto em palavras-código e beijo a bunda de Elon e imploro para que ele não cancele minha conta".
Kanye West volta a ser alvo de críticas por declarações antissemitas
Kanye West voltou a gerar revolta após compartilhar declarações antissemitas na plataforma X (antigo Twitter). Em suas postagens, o rapper afirmou: "Eu sou um nazista", exaltou Adolf Hitler ao chamá-lo de "incrível" e declarou gostar quando "judeus dizem que não podem trabalhar comigo".
Além disso, reforçou que "nunca se desculparia por seus comentários sobre os judeus".
As publicações rapidamente provocaram reações de diversas entidades judaicas, incluindo a Liga Antidifamação (ADL) e o Comitê Judaico Americano (AJC), que condenaram veementemente as falas de Kanye e alertaram para o impacto de discursos de ódio.
Jonathan A. Greenblatt, CEO da Liga Antidifamação, divulgou um comunicado repudiando as declarações do artista. "Mais uma vez, vemos uma manifestação flagrante de antissemitismo, racismo e misoginia nas redes sociais de Kanye West.
Há poucos anos, identificamos que 30 incidentes antissemitas nos Estados Unidos estavam diretamente ligados às declarações que ele fez em 2022. Esse tipo de comportamento é perigoso e precisa ser reconhecido pelo que realmente é: uma incitação ao ódio", afirmou Greenblatt.
O executivo ressaltou ainda a influência de Kanye e os riscos de suas falas. "Sabemos muito bem como esse jogo funciona. Ele busca atenção ao culpar os judeus por problemas e espalhar teorias conspiratórias. O problema é que, com sua grande plataforma, ele amplifica o antissemitismo para milhões de pessoas. Palavras têm consequências, e, como já testemunhamos no passado, discursos de ódio podem resultar em atos de violência no mundo real."