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"Como vou viver sem meu amigo?", diz Alcione sobre Emílio Santiago

20 mar 2013 - 13h06
(atualizado às 14h22)
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Como o Brasil vai poder viver sem essa voz? Como eu vou poder viver ser meu amigo?", indagou Alcione na frente do hospital onde Emílio Santiago morreu nesta quarta-feira
Como o Brasil vai poder viver sem essa voz? Como eu vou poder viver ser meu amigo?", indagou Alcione na frente do hospital onde Emílio Santiago morreu nesta quarta-feira
Foto: TV Globo / Reprodução

Abalada com a morte de Emílio Santiago, na manhã desta quarta-feira (20), no Rio de Janeiro, devido a um AVC (Acidente Vascular Cerebral), Alcione indagou, em conversa ao Terra, como o Brasil irá viver sem a voz do cantor carioca.

“Como o Brasil vai poder viver sem essa voz? Como eu vou poder viver sem meu amigo? Sempre cantamos juntos na noite e agora, com certeza, ele está com Seu Luís e Dona Ercília [pais do cantor], que gostavam muito dele. Ele está junto de muitos cantores maravilhosos, que estão fazendo uma festa para ele”, disse Alcione em frente o Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, onde Emílio estava internado desde o dia 7 de março.

“A gente tem que se conformar e pedir a Deus e aos espíritos socorristas que ele seja bem-vindo. Ele deve estar muito bem porque nunca fez mal a ninguém, só cantou o amor e a beleza deste País. Agora vamos nos conformar e rezar”, concluiu.

Alcione também contou que viu o cantor pela última vez quando foi visitá-lo no CTI do hospital, há cerca de dez dias. “Quando falei que estava lá com ele, ele me disse: ‘que bom, minha irmã’”, explicou. 

O velório acontece nesta quarta-feira, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O espaço foi cedido pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes. O enterro será na quinta-feira (21), no Memorial do Carmo, às 11h.

O último disco de Emílio Santiago foi Só Danço Samba (Ao Vivo), lançado em 2012.

De advogado a cantor de MPB

Emílio Santiago nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Apesar de ser formado pela Faculdade Nacional de Direito, a música sempre falou mais alto em sua vida. No ínicio, foi influenciado por cantores como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. Depois, deixou-se levar pela bossa nova e a voz e violão do ícone João Gilberto.

Ainda na faculdade, começou a cantar em festivais e participou do programa de calouros A Grande Chance, apresentado por Flávio Cavalcanti, que o levou a gravar o primeiro compacto: Transas de Amor. Em 1975, gravou seu primeiro disco, intitulado Emílio Santiago, que o levou a ser conhecido nacionalmente. Em 1982, venceu o festival MPB Shell, da TV Globo, cantando Pelo Amor de Deus.

Chegou a cantar em diversos bares e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo e, em 1985, foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo. Três anos depois, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer o primeiro disco da série Aquarela Brasileira, releitura de músicas clássicas da cultura brasileira. O projeto de sete discos foi um sucesso imediato e a série ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.

Apresentou-se na Europa e nos Estados Unidos e chegou a ser comparado a Johnny Mathis pelo crítico Stephen Holden, do New York Times, que o viu certa vez en um show no Ballroom, em Nova York. Em 2000, assinou com a Sony Music e gravou Bossa Nova, uma grande regravação de clássicos do gênero.

No ano seguinte, gravou Um sorriso nos lábios, tributo a Gonzaguinha e João Donato. O último disco de Emílio Santiago foi Só Danço Samba (Ao Vivo), lançado em 2012, o primeiro pelo selo de sua propriedade, a Santiago Music. Ao longo de sua carreira, Emílio Santiago lançou mais de 25 álbuns e quatro DVDs. Em 2013, ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, por seu último trabalho.

Fonte: Terra
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