Julia Fox causa polêmica e justifica fantasia de Jackie Kennedy coberta de sangue: 'Manifesto'

Julia Fox (Joias Brutas) causou polêmica ao referenciar um dos episódios mais trágicos da história americana no Halloween. A atriz e modelo de 35 anos apareceu na festa à fantasia de The Cursed Amulet, em Nova York, vestida como Jackie Kennedy no dia do assassinato do então presidente John F. Kennedy, em 1963.

Usando um tailleur rosa e chapéu combinando, réplica do famoso conjunto Chanel usado por Jackie em Dallas, Fox completou o visual com luvas brancas manchadas de sangue e uma peruca preta curta. A escolha provocou reações intensas nas redes sociais, com muitos apontando a fantasia como de mau gosto e outros defendendo sua ousadia artística.

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O traje original de Jackie, preservado até hoje no Arquivo Nacional dos EUA, tornou-se um dos símbolos mais poderosos do luto nacional. Após o atentado, a primeira-dama se recusou a trocar de roupa, dizendo: "Quero que vejam o que fizeram com Jack." Ela permaneceu com o conjunto ensanguentado ao lado do novo presidente Lyndon B. Johnson durante sua posse a bordo do Air Force One. Confira a postagem feita nas redes sociais:

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"Estou vestida como Jackie Kennedy, com o terno rosa. Não como uma fantasia, mas como um manifesto. Quando seu marido foi assassinado, ela se recusou a trocar as roupas manchadas de sangue, dizendo: 'Quero que vejam o que fizeram.' A imagem do delicado terno rosa salpicado de sangue é uma das justaposições mais assombrosas da história moderna. Beleza e horror. Elegância e devastação. Sua decisão de não trocar de roupa, mesmo sendo encorajada a fazê-lo, foi um ato de extraordinária coragem. Foi performance, protesto e luto ao mesmo tempo. Uma mulher usando a imagem e a graça como armas para expor a brutalidade. Trata-se de trauma, poder e de como a feminilidade em si pode ser uma forma de resistência. Longa vida a Jackie O ♥️."

Fox, conhecida por explorar temas provocativos na moda, compartilhou imagens do look em seus stories do Instagram. A fantasia surgiu a poucas semanas do 62º aniversário do assassinato de JFK, em 22 de novembro. Enquanto alguns admiradores aplaudiram a performance como uma reflexão sobre trauma e poder feminino, outros criticaram a apropriação de um momento histórico trágico como mero adereço de Halloween.

Fonte: People