'Há grande risco', diz médico após ator Leandro Lima ingerir gasolina
Ator Leandro Lima bebeu gasolina e precisou de atendimento de urgência; médico explica tratamento
O ator Leandro Lima assustou seguidores ao revelar que precisou ser internado às pressas após inalar gasolina acidentalmente enquanto tentava transferir o combustível de um carro para outro. Ele contou que passou mal logo depois do acidente e precisou de atendimento hospitalar imediato. O caso levantou dúvidas sobre os riscos envolvidos nesse tipo de exposição, e, segundo especialistas, eles podem ser graves.
De acordo com o médico emergencista Yuri Castro, especialista em atendimentos de alta complexidade, a situação vivida pelo ator poderia ter evoluído para algo muito sério. Ele explica que, como o acidente ocorreu no momento da inspiração, existe grande risco de o produto entrar diretamente no pulmão.
"Há grande risco de broncoaspiração — a entrada do combustível dentro do pulmão. Isso leva a irritação e inflamação, causando pneumonite química e podendo atrapalhar o funcionamento dos pulmões."
Possíveis sequelas e riscos cardíacos
Apesar de Leandro ter contado que não houve entrada de gasolina no pulmão, o médico ressalta que produtos como gasolina, por serem muito voláteis e pouco viscosos, costumam chegar facilmente as vias aéreas.
Além do risco pulmonar, casos de ingestão em quantidade tóxica podem desencadear outros problemas sérios, incluindo efeitos no sistema nervoso e no coração. "Ao ingerir o combustível em dose tóxica, ele tem potencial ação depressora do sistema nervoso central e pode causar arritmias cardíacas."
Segundo Yuri Castro, se a broncoaspiração tivesse ocorrido de fato, o ator poderia ter enfrentado sequelas respiratórias e até risco de vida.
Como funciona a desintoxicação em casos assim
O médico explica que os primeiros passos do atendimento em uma exposição inalatória como essa são extremamente técnicos e precisam ser seguidos à risca para evitar agravamentos:
"É necessário remover o paciente da fonte de exposição, retirar a roupa e descartá-la com segurança, e proceder à descontaminação com água corrente e sabão."
Ele reforça ainda que quem presta socorro deve estar protegido: "O socorrista deve estar com EPI adequado para não ser contaminado."