Wagner Barreto não descarta entrar em realities e comenta apoio da Globo após o ‘The Voice Kids’
Cantor se dedica a um projeto que recupera grandes nomes do sertanejo raiz desconhecidos pelas novas gerações
Em conversa com a coluna, Wagner Barreto comentou a crítica recorrente de que a Globo solta a mão da maioria dos campeões de reality e negou qualquer segregação no meio artístico pela fama instantânea na TV.
Você foi campeão do ‘The Voice Kids em 2016’. Como analisa esses 9 anos desde a vitória?
Minha vida mudou totalmente após o ‘The Voice’. Imagina viver numa ilha com meus pais e 9 irmãos (risos), e, de repente, começar a viajar todo mês para as eliminatórias. Eu nunca tinha entrado num ônibus. Ali, para mim, eu já tinha zerado a vida. Mas foi muito além. Sou grato por tudo que aconteceu até aqui na minha carreira. Agora estou num momento especial também, com shows que tenho feito pelo Brasil.
Há uma percepção de que a Globo faz menos do que poderia por vencedores de realities musicais. Você teve o apoio que esperava?
Não tenho o que reclamar, fui muito acolhido por todos da organização do reality. Recebi treinamento, foi um grande aprendizado, penso que temos que seguir o nosso caminho, explorar e desbravar as oportunidades, não esperar que os outros façam. Ainda tenho contato com eles (da produção), fui convidado para a final da sétima edição, foi incrível estar lá de novo.
Assim como existe preconceito contra ex-BBB, dizem que há resistência a cantor campeão de reality musical. Sentiu isso alguma vez no mercado de trabalho ou de outros artistas?
Imagina! Não de jeito nenhum! Sempre ouço ‘Nossa, você é aquele menino do The Voice?’ Sempre com muito carinho.
O grande desafio de quem foi astro-mirim é se manter em evidência quando fica adulto e preservar a saúde mental. Como foi essa transição para você?
Passei pela fase de mudança, de adolescente para adulto, cantando. Aconteceu de maneira natural. O apoio da família e da equipe foram fundamentais. Espero sempre amadurecer mais.
Você realizou no início de abril o espetáculo ‘Sertanejo Sinfônico’. Qual a inovação deste trabalho?
Um projeto incrível! É um concerto onde resgatamos grandes nomes do sertanejo raiz de 1950 até 2000, com arranjos para orquestra. Muita emoção!
Na época do ‘The Voice Kids’, você disse em entrevistas que suas referências eram Tião Carreiro, Zezé Di Camargo e Luciano e Daniel. Surgiram outras influências?
Esses são eternos, né? Admiro muito os artistas atuais também, como Gusttavo Lima, Luan Santana e tantos outros que me espelho por serem grandes artistas e empreendedores.
As novas gerações dominam as redes sociais. Você se preocupa em atingir essa turma do TikTok e conquistar fãs bem jovens?
Passo um tempão vendo os vídeos do TikTok. Não tenho distinção entre os públicos ou as plataformas quando vou produzir música e entretenimento. Faço pensando em agradar a todos! Me dedico para isso.
Aceitaria participar de realities como ‘Big Brother Brasil’ e ‘The Masked Singer Brasil’?
Opa, aceitaria sim! Gosto muito! É claro que pela visibilidade que isso traria também.
Além do sertanejo, você escuta quais outros gêneros?
Ouço de tudo, gosto muito da pop music. Entre os artistas na minha playlist estão Celine Dion e Michael Jackson.
Quais novidades prepara ainda para este ano?
Além da tour “Sertanejo Sinfônico” e dos shows, terei outros lançamentos bem comerciais. A música nova é ‘Playboy’, acho que muitos vão se identificar. Divertida e bem diferente do que já gravei.
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