Tia de criança de 10 anos diz que Hytalo Santos levava menor para prostíbulo
Denúncia ao Conselho Tutelar revela que Hytalo Santos levava menor para cabarés; veja
Uma denúncia feita em 2020 foi atrelada a investigação contra o influenciador Hytalo Santos, que foi preso nesta última sexta-feira, 15, em São Paulo. A tia de uma menina de 12 anos denunciou o rapaz ao Conselho Tutelar na época afirmando que ele levou a menos de idade a um prostíbulo. O criador de conteúdo também é investigado por tráfico humano e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Documentação obtida indica que uma familiar da vítima procurou o Conselho Tutelar de Cajazeiras, na Paraíba, formalizando a denúncia. O órgão elaborou um relatório detalhado que foi posteriormente encaminhado ao Ministério Público. Segundo as informações constantes no documento, a adolescente mantinha vínculo com Hytalo há aproximadamente oito anos, iniciando o acompanhamento quando tinha apenas 10 anos de idade. Durante esse período, ela participava como dançarina nas apresentações do artista paraibano.
O relatório aponta que a menor realizou diversas viagens pelos estados nordestinos acompanhando a agenda de shows de Hytalo, trajeto que culminou com a chegada do grupo à capital paulista, onde os fatos investigados teriam ocorrido.
As informações levantadas pelo Conselho Tutelar subsidiaram a abertura do processo junto à Promotoria de Justiça, que agora investiga as circunstâncias do caso envolvendo a proteção de direitos da criança e do adolescente.
"Ela viajou para João Pessoa (passou um mês) depois foi para Recife, Natal e agora está em São Paulo numa casa de prostituição com Hítalo e outras mulheres, conforme vídeos em anexo", diz um trecho do documento. "[A mãe] Foi notificada, mas ao comparecer ao CT [Conselho Tutelar], disse que permitiu e que podia encaminhar ao MP [Ministério Público], pois não tem medo de justiça e que acha isso muito normal".
O relatório ainda revela um cenário de divergência familiar onde a mãe considerava o influenciador como figura paterna para a adolescente, enquanto o pai biológico - separado da genitora - manifestava oposição aos fatos envolvendo a filha, conforme registrado em documento de 11 de setembro de 2020. O estopim do imbróglio jurídico teve origem na exposição da menor em danças e poses de caráter erótico promovidas por Hytalo nas redes sociais, situação que resultou em notificação oficial para que o influenciador removesse tais conteúdos, e cuja resistência em cumprir a determinação motivou o aprofundamento das investigações sobre exploração inadequada da imagem da jovem.