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Qual foi a causa da morte de Juliana Marins? Médico analisa possiveis motivos do obito

Causa da morte de Juliana Marins pode ter sido provocada pela fome, pela desidratação, pelo frio e pela pressão; veja analise do médico Dr. Wandyk Allson

24 jun 2025 - 16h00
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A jovem Juliana Marins, de apenas 26 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira, 24, após quatro dias perdida em um vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia. A brasileira sofreu a queda no último sábado, 21, e teve seu resgate atrasado diversas vezes devido às péssimas condições climáticas e o difícil acesso da área. A família noticiou que a publicitária não resistiu, mas ainda não divulgaram qual foi o motivo oficial da morte.

Causa da morte de Juliana Marins pode ter sido provocada pela fome, pela desidratação, pelo frio e pela pressão; veja analise do médico Dr. Wandyk Allson
Causa da morte de Juliana Marins pode ter sido provocada pela fome, pela desidratação, pelo frio e pela pressão; veja analise do médico Dr. Wandyk Allson
Foto: Mais Novela

Qual foi a possível causa de morte?

Em conversa com o MAIS NOVELA, o médico integrativo pós-graduado em metabologia, endocrinologia, fisiologia e nutrição clínica Dr Wandyk Allson analisou algumas possibilidades do óbito. Segundo ele, a morte de Juliana foi o resultado de alguns fatores letais:

  • Hipotermia grave
  • Desidratação severa com choque hipovolêmico
  • Hipoglicemia e distúrbios metabólicos
  • Rabdomiólise com insuficiência renal aguda
  • Hipoxia por altitude
  • Falência multiorgânica

"A exposição por quatro dias sem comida, sem água, em temperatura extrema e baixa oferta de oxigênio foi um cenário de múltiplas agressões fisiológicas que o corpo humano dificilmente consegue suportar", explicou o especialista.

Privação de água

De acordo com Allson, a falta de água em ambiente de alta altitude e frio leva o organismo a um colapso progressivo do equilíbrio hidreletrolítico. Ele explica que a primeira consequência é a redução do volume plasmático: "O sangue fica mais viscoso,

dificultando a circulação e aumentando o risco de hipotensão". Depois, ela pode ter sofrido com o aumento da osmolaridade sérica: "O sódio fica mais concentrado no sangue (hipernatremia), levando à desidratação intracelular (as células encolhem, inclusive as do cérebro)".

O corpo de Juliana ainda pode ter liberado mais hormônios de estresse para se manter hidratado: "O corpo aumenta a

secreção de vasopressina (ADH) para tentar reter o máximo de água possível nos rins, diminuindo o volume de urina (oligúria)". Isso, por sua vez, aumento o risco de insuficiência renal: "A falta de perfusão nos rins, combinada à rabdomiólise, aumenta o risco de

necrose tubular aguda".

Privação de comida

O médico explica que a falta de comida leva a falta de energia, o que leva o organismo a um estado de catabolismo extremo: "Sem ingestão de carboidratos, o corpo entra em estado de jejum prolongado, forçando adaptações metabólicas para gerar energia".

Nas primeiras horas de jejum, o organismo enfrenta uma glicogenólise, isso é, o corpo usa o glicogênio armazenado no fígado e músculos para manter a glicemia. Após as primeiras 24h, o corpo entra em processo de gliconeogênese: "O fígado tenta produzir glicose a partir de

aminoácidos (quebra muscular) e glicerol (quebra de gordura)".

No segundo dia, Juliana pode ter entrado em etapa de lipólise e produção de corpos cetônicos: "O corpo começa a

oxidar gordura e aumentar a produção de corpos cetônicos (principal combustível para o cérebro neste estado)". Nesse ponto, a publicitária já teria perdido peso e seu corpo estaria acelerando o catabolismo muscular entrado: "Sem comida, o corpo começa a degradar proteínas musculares (inclusive o músculo cardíaco) para gerar energia, levando à perda de massa muscular e risco de rabdomiólise".

O último estado é a da hipoglicemia, onde a vítima pode desmaiar, ficar inconsciente e até mesmo entrar em coma: "Se a demanda energética superar a capacidade de produção de glicose e corpos cetônicos, há queda severa de glicose no sangue, causando confusão mental, convulsões e até coma".

Exposição ao frio

A hipotermia também pode ter abaixado a temperatura corporal da brasileira, levando à sua morte. Allson lista as fases da hipotermia:

  • Fase inicial (32°C a 35°C): Tremores intensos para gerar calor, taquicardia, vasoconstrição periférica.
  • Fase intermediária (28°C a 32°C): Redução dos tremores, bradicardia,
  • diminuição da consciência, confusão mental, arritmias.
  • Fase grave (<28°C): Parada respiratória, arritmias fatais (principalmente fibrilação ventricular) e morte.

Hipóxia por altitude

O Monte Rinjani, que tem 3.726 metros de altitude, apresenta uma pressão menor do que ao nível do mar, podendo gerar baixa oxigenação àqueles que querem trilhar até o cume, como foi o caso de Juliana. Segundo o médico, a altura do monte diminui a oferta de oxigênio para os tecidos, causando hipóxia hipóxica.

Respostas fisiológicas:

  • Hiperventilação: Para tentar captar mais oxigênio, gerando alcalose respiratória.
  • Aumento de eritropoietina (EPO): O corpo tenta produzir mais glóbulos vermelhos, mas esse processo leva dias (não conseguiria ser efetivo em apenas 4 dias).
  • Vasoconstrição pulmonar hipóxica: Pode levar a sobrecarga cardíaca direita e edema pulmonar de alta altitude (HAPE), causando falta de ar súbita.

Risco de rabdomiólise e falência multiorgânica

O conjunto de todos os fatores citados acima podem ter levado Juliana a rabdomiólise: "A degradação muscular por esforço, frio, jejum e desidratação libera mioglobina, que intoxica os rins". A brasileira, então, pode ter apresentado insuficiência renal aguda: "Pelo bloqueio tubular causado por mioglobina e hipoperfusão". E, posteriormente, tido uma falência múltipla de órgãos: "É o resultado final da combinação de hipoperfusão, acidose, distúrbios eletrolíticos e dano renal".

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