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Pastor comenta importância da espiritualidade na vida de Preta Gil e defende respeito entre religiões

2 ago 2025 - 14h22
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Mesmo com crenças diferentes da artista, o pastor Luciano Alves destacou o papel da fé como força emocional durante o tratamento e o enfrentamento do câncer

Foto: Márcia Piovesan

O pastor evangélico Luciano Alves comentou, nesta semana, a importância da espiritualidade na trajetória da cantora Preta Gil, falecida no último domingo (20), aos 49 anos. Conhecido por atuar em projetos de diálogo inter-religioso e acolhimento espiritual, o pastor reconheceu o papel da fé como fator determinante nos momentos de exposição pública, sofrimento e superação vividos pela artista.

"A espiritualidade é um alicerce indispensável para qualquer ser humano, mas para pessoas públicas como a Preta Gil, que vivem sob constante exposição e julgamento, ela se torna ainda mais essencial", afirmou. "É por meio da fé que se encontra equilíbrio diante da pressão e força para enfrentar as dores mais íntimas. Vejo que, mesmo nos momentos mais difíceis, a espiritualidade oferece direção, consolo e também humanidade — porque ela nos lembra que, por trás das câmeras e dos palcos, há uma alma que sente, que luta e que busca cura. Preta demonstrou isso com coragem."

Durante o tratamento contra um câncer no intestino, diagnosticado em 2022, Preta Gil utilizou as redes sociais para compartilhar reflexões sobre amor, perdão e reconexão familiar. Para o pastor, tais manifestações revelam a dimensão espiritual da cura interior.

"A espiritualidade tem o poder de tocar onde a medicina não alcança: na alma. Quando Preta falou sobre amor, perdão e reconexão, ela mostrou que a cura verdadeira vai além do físico — envolve restaurar vínculos, soltar mágoas e reencontrar sentido na vida", disse. "O sofrimento físico pode ser inevitável, mas a forma como o enfrentamos muda completamente quando há fé envolvida. A espiritualidade nos leva para dentro, nos aproxima de Deus e nos lembra do valor das relações. Esse processo de cura interior é, muitas vezes, o que sustenta a jornada de superação."

Luciano Alves também comentou a postura pública de Preta Gil em relação às suas raízes afro-brasileiras e sua religiosidade, ligadas às tradições do Candomblé. Embora siga uma vertente cristã distinta, o pastor ressaltou a importância do respeito entre diferentes expressões de fé.

"Acredito profundamente que o diálogo inter-religioso é essencial para construirmos uma sociedade mais respeitosa e amorosa. Cada expressão de fé traz consigo uma riqueza de sabedoria, história e identidade", afirmou. "No caso da Preta, sua valorização das raízes afro-brasileiras foi também uma forma de resistência, de afirmação e de amor. Quando respeitamos as diferentes manifestações de espiritualidade, abrimos espaço para o acolhimento e a empatia. E é exatamente isso que Jesus nos ensinou: amar ao próximo, acima de qualquer diferença."

Ao ser questionado sobre a relação entre espiritualidade e o luto, o pastor ofereceu uma visão baseada na doutrina cristã.

"Na fé cristã, acreditamos que a morte não é o fim, mas uma transição. A espiritualidade nos consola com a promessa da vida eterna, da paz que excede todo entendimento e da esperança de reencontro", declarou. "O luto é um processo doloroso, mas quando vivenciado com fé, ele é transformado em saudade com esperança. Preta deixou um legado de luz, de amor e de verdade — e, para muitos, isso foi uma semente de fé plantada em meio à dor. A espiritualidade nos ensina que o amor nunca morre e que, em Cristo, há vida mesmo depois da partida."

A declaração de Luciano Alves tem sido compartilhada por diferentes grupos religiosos nas redes sociais como uma demonstração de empatia, respeito e valorização da espiritualidade enquanto força pessoal e social — independentemente das doutrinas.

Márcia Piovesan
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