Óbito fetal: por que Tati Machado perdeu o bebê, mas não sofreu aborto? Médico obstreta explica diferença dos termos e possíveis causas
Tati Machado e Micheli Machado viviam gravidezes saudáveis, sem intercorrências, quando foram surpreendidas pela falta de movimento dos bebês.
A apresentadora Tati Machado e a atriz Micheli Machado viveram uma triste situação em comum nos últimos dias: ambas perderam os bebês que esperavam na reta final da gestação. Apesar de a perda de um feto sempre ser associada ao termo aborto, o quadro enfrentado pelas famosas tem outro nome médico: óbito fetal.
A diferença entre os dois termos está na idade gestacional, como explica o ginecologista e obstetra Dr. Nélio Veiga Junior, mestre e doutor em Tocoginecologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
"Após a 20ª semana de gestação, não consideramos mais como aborto, mas sim como óbito fetal. A nomenclatura exata pode diferir. A Organização Mundial da Saúde, por exemplo, refere-se como morte fetal intra-uterina, enquanto nos Estados Unidos fala-se em natimorto tardio. No mundo, a cada ano, mais de 2,6 milhões de gestações resultam em natimortos no terceiro trimestre", conta o médico.
O QUE CAUSA UM ÓBITO FETAL?
Embora nem sempre seja possível determinar as causas, complicações de hipertensão, diabetes e doenças autoimunes, além das complicações da própria gestação e doenças genéticas, podem estar relacionadas ao óbito fetal. Trombofilias e algum tipo de deslocamento também estão entre as causas possíveis. É importante avaliar o cordão umbilical, que pode ter sido acometido por algum tipo de prolapse.
"10 a 20% dos óbitos fetais acontecem com crianças que têm alguma doença genética, alguma alteração cromossômica. Além disso, precisamos pesquisar se há algum tipo de in...
Matérias relacionadas
Maíra Cardi perde bebê que esperava com Thiago Nigro: 'Vazio que não se explica'