Nem Bolsonaro, nem Lula: Silvio Santos procurou presidente em meio a grave risco envolvendo SBT com decisão controversa. 'Proibi críticas, só elogios'
Silvio Santos viajou até Brasília em meio a grande risco envolvendo o SBT e revelou determinação controversa aos jornalistas da emissora: 'Proibi críticas'
Silvio Santos sempre teve uma ligação estreita com os presidentes da República, tanto que entre os anos 1980 e 1990 apresentava um boletim jornalístico no seu programa dominical, "A Semana do Presidente". Se nos anos 2000, o fundador do SBT foi até Brasília para uma reunião com Lula, duas décadas antes o apresentador visitou José Sarney poucos dias antes dele completar dois meses à frente da presidência, em maio de 1985.
Na época, Silvio Santos corria o risco de perder a concessão de emissora do grupo SBT, fundado em agosto de 1981. Acusado gravemente por um apresentador dois anos antes, o pai de Patricia Abravanel tomou uma decisão controversa: impediu os jornalistas contratados do canal de fazerem críticas ao presidente.
"Proibi todos os jornalistas da minha rede de fazerem críticas. Só quero que elogiem, porque eu acho que só os que trabalham podem acertar, e o elogio estimula", garantiu o fundador do SBT, emissora que hoje vive uma nova crise histórica de audiência, em conversa com o "Jornal do Brasil", de 11 de maio de 1985, classificando Sarney como "muito simpático".
Por que Silvio Santos correu risco de perder concessão do SBT?
A publicação informava ainda que Silvio não ficaria aborrecido com a Justiça caso perdesse a concessão do SBT na capital federal. Já Antonio Carlos Magalhães, então ministro das Comunicações, relatava risco de cassação de algumas concessões de emissoras de TV e de rádio por "ilegalidades" e "protecionismo".
"Vou cassar alguns canais. Parece que são ...
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