Márcio Garcia diz ter sido vítima de estelionato por empresa de turismo, que nega crime
Artista afirma que descobriu que passagens não estavam no nome dele e de sua família ao chegar no aeroporto
Márcio Garcia acusou a agência de turismo Outsider de estelionato após pagar pacotes de viagem que não foram fornecidos, enquanto a empresa nega as acusações e afirma que o ator não cumpriu o acordo de divulgação.
O ator Márcio Garcia afirma ter sido vítima de estelionato pela agência de turismo Outsider em junho deste ano. A empresa nega, e o dono, Fernando Sampaio, foi indiciado em dois inquéritos por estelionato.
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O caso foi registrado em um boletim de ocorrência na 16ª Delegacia de Polícia, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo o ator, ele teve problemas para viajar para assistir ao Mundial de Clubes, em junho, nos Estados Unidos.
Em entrevista ao RJ2, jornal regional do Rio na TV Globo, Márcio Garcia disse que fez uma parceria comercial para divulgar a Outsider em suas redes sociais, em troca de um pacote com passagens aéreas, hospedagem e ingressos para jogos de futebol.
O artista pagou R$ 17,2 mil para a empresa pelo pacote e fez um upgrade para a classe executiva orçado em R$ 3,9 mil reais. O valor foi pago em Pix e enviado para a empresa Arena Consultoria Esportiva, que foi aberta neste ano em nome de Letícia Coppi e Silva, ex-namorada de Fernando Sampaio. Ela diz que não reconhece a transação bancária para sua empresa.
No dia da viagem, o ator e sua família chegaram ao aeroporto e descobriram, no balcão da companhia aérea, que as passagens não existiam. A situação desmentiu Fernando e, com isso, o ator precisou pagar a viagem do próprio bolso. O caso foi registrado na 16ª DP e está sendo investigado.
À Globo, Fernando negou e disse que Márcio não cumpriu o acordo de divulgação da marca Outsider. O empresário ainda alega que pagou hotel para o ator e a família dele, ingressos para jogos de futebol e arcou com as passagens. Ele também reforça que o pagamento feito no cartão de crédito de Márcio teve reembolso dos serviços pagos.
O pedido para Márcio enviar o Pix para a conta de Letícia foi feito para pagar uma dívida que Sampaio tinha com a ex-namorada, segundo ele.
O ator afirmou que pagou as despesas da viagem com antecedência, e que a oferta da Outsider, de oferecer ingressos para dois jogos e três diárias de hotel, não cobriria o prejuízo anterior.
Fernando Sampaio possui mais de 600 ações judiciais e registros de ocorrências envolvendo suas empresas ou empresas de amigos próximos. A Outsider passou por uma grave crise em 2022, quando prometeu fretar aviões para levar torcedores do Flamengo para a final da Copa Libertadores em Guayaquil, no Equador. A promessa não foi cumprida, com centenas de pessoas impedidas de embarcar.
Nos últimos anos, segundo a Polícia do Rio, o empresário mudou de tática, utilizando o CNPJ de outras empresas para receber pagamentos referentes às vendas da Outsider.
A reportagem entrou em contato com a Outsider Tour, mas não houve retorno. Ao Terra, a assessoria de Márcio Garcia enviou uma nota confirmando o caso e dizendo que o ator efetuou o pagamento integral das despesas da viagem, e que a agência ofereceu ingressos e diárias, benefício que não cobriria o prejuízo. Leia a seguir:
"Márcio Garcia esclarece que foi mais uma vítima da Outsider. Ele efetuou o pagamento integral das passagens aéreas, e do upgrade para a classe executiva à agência responsável por sua viagem. No entanto, apenas no dia do embarque, já com as malas prontas, descobriu que as passagens jamais haviam sido emitidas e tampouco a suposta alteração de data ou upgrade que foram pagos, uma vez que sequer existia reserva.
Diante da situação e sem alternativa, Márcio precisou adquirir, com recursos próprios, novas passagens no mesmo dia da viagem, arcando com um valor muito superior ao preço que já havia sido pago, em razão da compra de última hora.
A agência, por sua vez, limitou-se a oferecer ao apresentador ingressos para os jogos e diárias em um hotel, benefício que não cobre nem o prejuízo referente ao valor pago pelas passagens e pelo upgrade que nunca foram emitidos, muito menos o montante adicional despendido na aquisição das novas passagens de última hora.
Ele espera que tanto ele como todos as demais vítimas sejam ressarcidas de seus prejuízos e que a empresa e seus sócios sejam julgadas por seus crimes."