Mãe de Isabella Nardoni revela detalhes sobre descoberta de gravidez após a perda da filha
Ana Carolina Oliveira abriu o coração sobre o desafio de ser mãe pela primeir avez após a morte de Isabella Nardoni
Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, falou sobre o recomeço de sua vida após a morte precoce da filha. A menina, que tinha apenas 5 anos, morreu após ser jogada da janela do prédio de onde o pai, Alexandre Nardoni, morava com a esposa, Anna Jatobá, em 2008. Segundo um laudo de autópsia, o corpo dela apresentava sinais de estrangulamento.
Anos depois da morte da menina, Ana Carolina se casou com Vinicius Francomano, e teve mais dois filhos: Miguel, que nasceu em 2016, e Maria Fernanda, que chegou ao mundo em 2020.
Ao abrir uma caixinha de perguntas nos Stories do Instagram, a vereadora foi interrogada sobre a descoberta da primeira gravidez após a morte da primogênita. Ana Carolina contou ter sentido uma 'sensação mágica' ao saber que seria mãe mais uma vez. "Como foi para você descobrir que estava grávida de novo depois da Isabella?", questionou um internauta. "Foi extraordinário! Uma sensação mágica de saber que poderia gerar uma nova vida", respondeu ela, que também contou que não pretende ter mais filhos.
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Mãe de Isabella Nardoni faz desabafo sobre série Tremembé
A repercussão da série Tremembé movimentou discussões intensas nas redes sociais e reacendeu sentimentos antigos em Ana Carolina Oliveira em novembro deste ano. Após a produção ganhar destaque, ela comentou novamente sobre como é enfrentar a recontagem de uma tragédia que marcou sua vida para sempre. Em recente entrevista, ela descreveu o impacto de ver o episódio ser revisitado tantos anos depois. "É doloroso perceber que, enquanto para muitos parece apenas uma série, para mim é o pior dia da minha vida sendo revivido", declarou, ao conversar com a colunista Mônica Bergamo.
A vereadora destacou que o foco da narrativa, para ela, deveria sempre permanecer na vítima, e não nos autores do crime. Segundo contou, sua maior preocupação é a maneira como a história é consumida pelo público, muitas vezes sem sensibilidade para a dor dos envolvidos. Ela reforçou isso ao afirmar: "A verdadeira história não é sobre quem cometeu o crime, mas sobre uma criança que teve sua vida brutalmente interrompida". A lembrança, segundo ela, segue viva, e a exposição constante traz um sofrimento que não diminui com o tempo.
Debate sobre limites
Ao aprofundar seu relato, Ana Carolina Oliveira disse que não pretende assistir à série como forma de autoproteção. "Diferente de quando eu decido falar sobre a Isabella ou a minha dor, ali não é a minha voz. Prefiro não assistir para preservar minha saúde emocional e proteger algo que foi real e devastador", explicou. Sua posição reflete a de muitos familiares de vítimas que veem suas tragédias transformadas em conteúdo audiovisual.
Em seu desabafo, ela também trouxe uma reflexão sobre o tratamento dado a crimes de grande repercussão. Para a vereadora, é preocupante quando criminosos acabam recebendo atenção excessiva. "Meu ponto principal é que criminosos não se tornem celebridades, como temos visto acontecer", disse. Ela defendeu regras mais rígidas, cumprimento integral das penas e maior valorização da vida. "Às vezes, algumas produções podem reabrir feridas que acabam ferindo novamente quem já sofreu demais", concluiu, ressaltando a necessidade de responsabilidade e empatia ao tratar de casos tão dolorosos.