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Kanye West diz que George Floyd não morreu asfixiado e família da vítima considera processá-lo

'Se você olhar, o joelho do cara [policial] nem estava no pescoço dele', disse o rapper

17 out 2022 - 09h50
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A família de George Floyd está considerando processar Kanye West após o rapper alegar que o homem de 46 anos morreu por abuso de drogas e não afixiado pelo policial Derek Chauvin. A notícia foi divulgada pelo jornal The Guardian, na manhã desta segunda-feira, 17.

Neste fim de semana, o cantor participou do podcast Drink Champs e disse que que a morte foi causada por fentanil, que é uma medicação de uso controlado, normalmente utilizada como anestésico. A declaração foi feita em conversa com Candace Owens, uma comentarista conservadora responsável pelo documentário The Greatest Lie Ever Sold: George Floyd and the Rise of BLM (A maior mentira já vendida: George Floyd e a ascensão do BLM [Black Lives Matter])

"Eu assisti ao documentário de George Floyd que Candace Owens lançou. Uma das coisas que seus dois colegas de quarto disseram foi que eles queriam um cara alto como eu, e no dia em que ele morreu, ele fez uma oração por oito minutos. Eles (colegas de quarto) injetaram fentanil nele. Se você olhar, o joelho do cara nem estava no pescoço dele assim", disse.

Então, o advogado de direitos civis, Lee Merritt, respondeu às alegações de West em nome da família de Floyd: "Embora não se possa difamar os mortos, a família de George Floyd está considerando um processo pelas falsas declarações de Kanye sobre a forma de sua morte".

"Afirmar que Floyd morreu de fentanil e não a brutalidade estabelecida criminal e civilmente mina e diminui a luta da família Floyd", acrescentou. Depois disso, o artista não se pronunciou mais sobre o caso.

Vale lembrar que George Floyd morreu em 2020 como resultado de "parada cardiorrespiratória, contenção e compressão do pescoço", de acordo com os resultados finais da autópsia. Embora o fentanil tenha sido encontrado no sistema de Floyd, não foi suficiente para ser considerado fatal.

O cardiologista Jonathan Rich disse ao tribunal no julgamento de Chauvin: "Posso afirmar com alto grau de certeza médica que George Floyd não morreu de um evento cardíaco primário e não morreu de overdose de drogas". Em julho deste ano, o assassino foi condenado em instância federal pela morte.

Estadão
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