Jacqueline Sato relembra início como atriz: 'No começo, eu cheguei a duvidar'
Em entrevista à Revista CARAS, Jacqueline Sato relembra início da carreira e debate sobre oportunidades e representatividade na arte
Focada no presente e em si mesma, Jacqueline Sato (36) vive o momento mais pleno de sua vida. De volta às novelas em Volta por Cima, trama das 7, da Globo, a artista comemora a oportunidade de interpretar a jovem Yuki. Em entrevista à Revista CARAS, ela debate o audiovisual para pessoas asiáticas e relembra início da carreira: "No começo, eu cheguei a duvidar".
Na lista das poucas atrizes de ascendência japonesa a se consolidar no audiovisual brasileiro, Jacqueline Sato tem uma visão clara dos avanços e das lacunas que ainda existem na arte. Ainda assim, ela explica que há um longo caminho a ser percorrido.
"Até hoje, só tivemos uma protagonista amarela na TV Globo, que foi a Ana Hikari, em Malhação - Viva a Diferença, de 2017. Queremos e merecemos mais", dispara ela, que teve uma trajetória marcada por barreiras relacionadas à representatividade.
"No começo, eu cheguei a duvidar se seria possível ser atriz. Não havia referências. A minha primeira grande inspiração foi a Danni Suzuki, em Malhação. Foi um marco que me fez acreditar que era possível", relembra, ciente dos desafios.
"Já fiquei mais de oito meses sem teste, enquanto colegas da mesma faixa etária faziam testes semanalmente. Cansei de escutar: 'Ah, mas você não é brasileira' ou 'Você não é bem japonesa'. A sensação era que a aparência bloqueava as oportunidades, como se não pudéssemos ser consideradas para interpretar papéis comuns", conta.
Diante dessa dura realidade, Jacqueline encontrou forças para se reinventar. "Essas barreiras me levaram a agir e a criar meus próprios projetos. Hoje, também sou produtora e criadora de conteúdos que colocam pessoas como eu em posição de protagonismo", finaliza a atriz Jacqueline Sato.
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