Herson Capri faz 50 anos de carreira e credita ao trabalho: 'Mente e o corpo jovem!'
Em entrevista à Revista CARAS, Herson Capri faz balanço ao falar de carreira e confessa sonhar com um Brasil mais justo e plural
Ele viveu mais de 100 personagens diferentes ao longo de 50 anos de carreira, seja no teatro, no cinema ou na TV. E mesmo após tantas experiências, Herson Capri (73) afirma: ainda sente friozinho na barriga a cada novo desafio. "Vai ter sempre! Não só na estreia, mas também a cada sessão, porque cada sessão é uma sessão", disse ele, em cartaz nos palcos de São Paulo com a peça Memórias do Vinho, ao lado de Caio Blat (45).
- Que balanço faz desses 50 anos de carreira?
- São 50 anos de trabalho na mesma profissão e isso traz uma experiência grande, uma vivência teatral, uma vivência na interpretação e no audiovisual. Isso facilita muito o trabalho!
- O modo de se fazer arte mudou ao longo desses anos?
- A arte perdeu espaço nos meios de comunicação nos últimos 20, 30, 40 anos e isso não é uma coisa bacana. Eu acho, inclusive, que quem perde é o povo, quem perde é o País, mas infelizmente foi isso que aconteceu.
- Isso torna mais difícil fazer teatro no Brasil?
- Sim. É difícil fazer arte de qualquer gênero, de qualquer espécie no Brasil e é difícil trabalhar com cultura. Não se dá tanta importância a uma coisa que eu considero de muitíssima importância: educação e cultura são fundamentais.
- Memórias do Vinho tem sido aclamada! Você tem alguma memória pessoal com o vinho?
- Não! O que eu tenho com relação ao vinho é um prazer enorme de fazer a peça com Caio Blat, com a direção do Elias Andreato. Ficamos em cartaz até 31 de agosto no Teatro Renaissance, em São Paulo. É uma peça espetacular, o povo ama assistir e eu estou adorando fazer!
- Recentemente você fez uma participação em Vale Tudo. Estar envolvido com tantos projetos te ajuda a se manter jovem?
- Sim, trabalhar em uma função que a gente gosta com certeza mantém a mente e o corpo jovem!
- E por falar em jovialidade, como se sente aos 73 anos?
- Eu estou me sentindo muito bem. É claro que tem alguns pequenos desgastes naturais da idade, mas eu tenho uma vida muito normal. Eu malho, nado, faço pilates, musculação...
- Você é um eterno galã. Como é a abordagem hoje em dia?
- A questão da abordagem eu acho que é mais por conta de ser conhecido por ter feito tantos trabalhos. Eu sou abordado tanto por mulheres quanto por homens, por jovens, por adultos, por mais velhos, todas as gerações.
- E como é sua relação com o universo das redes sociais?
- Não sou muito fã, não, sou um pouco jurássico, sou de outra época! Já comecei a usar as novas ferramentas, mas estou começando.
- Você tem cinco filhos, de diferentes idades e de distintas gerações. No papel de pai, existe diferença?
- Inevitavelmente existe diferença. Cada filho é um, é um universo diferente, uma cabeça diferente, um corpo diferente, tudo é diferente. Precisa ter um tratamento diferenciado. Aliás, com todo mundo, não só com filhos.
- Qual o seu grande sonho?
- Eu estou satisfeito com a minha carreira e com a trajetória que tive na minha profissão. O meu sonho é ver o Brasil sem fome, sem miséria, sem sofrimento para os brasileiros. É um sonho ver o País na sua plenitude econômica, política e social e, especialmente, no setor cultural.
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