Filhos de Virginia e Zé Felipe estão sofrendo? Psicóloga analisa 'climão' entre os pais
Filhos de Virginia e Zé Felipe podem estar sentindo o momento de separação dos pais; veja
Durante a festa de 11 meses de José Leonardo, filho de Virgínia Fonseca e Zé Felipe, o comportamento do cantor chamou a atenção dos convidados e internautas. Enquanto a influenciadora interagia com os fãs e registrava momentos para as redes sociais, Zé Felipe manteve-se mais reservado, circulando pouco pelo evento e aparentando certo distanciamento. As imagens e vídeos divulgados rapidamente geraram comentários sobre a postura do artista, que foi vista como diferente do habitual.
Muitos seguidores destacaram que o cantor parecia introspectivo, contrastando com o clima festivo e a presença animada de Virgínia. Apesar das especulações, nenhum dos dois comentou oficialmente sobre o assunto. Alguns internautas pontuaram que o "climão" entre os pais pode começar a afetar os filhos pequenos. Para entender melhor essa possibilidade, conversamos com a psicologa Anastacia Barbosa, que analisou o caso sob o ponto de vista profissional.
Vai afetar os filhos?
Segundo a profissional, o afastamento entre os pais pode eventualmente causar rachaduras emocionais nas crianças: "Quando existe tensão, frieza ou distanciamento entre os pais, mesmo que de forma silenciosa, a criança capta essas mudanças no ambiente familiar. Os pequenos são extremamente sensíveis à linguagem não verbal e percebem alterações no tom de voz, na postura e no contato físico".
Mesmo sem discussões afloradas, as crianças percebem algo diferente entre os dois: "Esse tipo de clima pode gerar insegurança, instabilidade emocional e, em alguns casos, reações como ansiedade, dificuldade para dormir, alterações no apetite ou comportamentos regressivos, como voltar a pedir para dormir na cama dos pais ou chupar o dedo. A manutenção de um vínculo afetivo sólido e previsível é fundamental para que a criança se sinta protegida, independentemente da relação conjugal dos pais".
A compreensão
Barbosa explica que crianças pequenas ainda não conseguem entender o conceito do divórcio, mas conseguem sentir os efeitos da ruptura: "Até os 3 anos, a criança ainda não tem capacidade cognitiva para entender o conceito de separação, mas sente a ausência física e a quebra de rotina. Por exemplo, pode estranhar não ver mais o pai todos os dias ao acordar ou sentir falta de almoços em família aos domingos".
A filha mais velha do casal, Maria Alice, pode já ter alguma dimensão: "Entre 4 e 7 anos, já reconhece que os pais não estão mais juntos, mas pode interpretar a situação de forma literal e acreditar que fez algo errado, como 'eles brigaram por minha causa' ou 'eu não fui obediente e agora um deles foi embora''".
Crianças mais velhas, porém, entendem por inteiro uma separação: "A partir dos 8 anos, consegue compreender que a separação é uma decisão dos adultos, mas ainda assim pode vivenciar sentimentos de tristeza, raiva ou insegurança, manifestando isso com queda no rendimento escolar, isolamento ou comportamento mais irritadiço".
Por isso, é de extrema importância que a família acolha e ajude a criança a entender melhor: "É papel dos pais esclarecer, de forma adequada à idade, que a separação não altera o amor e o cuidado que ambos têm pelo filho, reforçando sempre que ele não é responsável pelo que aconteceu. Conversas claras e demonstrações constantes de afeto ajudam a reduzir o impacto emocional".
Buscar alternativas profissionais também pode ajudar a manter a saúde mental da criança intacta: "A terapia auxilia os pais a estruturarem essas conversas e ações, oferecendo orientações práticas de acordo com a idade da criança. O acompanhamento psicológico ensina como transmitir segurança, lidar com emoções intensas e criar rotinas consistentes que minimizem a ansiedade e promovam estabilidade emocional".