Dona Ruth esclarece história de divisão de dinheiro pelo acidente: 'Outro luto'
Em entrevista ao Fantástico, Dona Ruth esclarece história de que teria ficado com maior parte da indenização em acidente que vitimou Marília Mendonça
O programa Fantástico exibiu neste domingo (13) uma entrevista com Dona Ruth Moreira Dias, avó materna de Léo, filho da cantora Marília Mendonça. Dona Ruth falou sobre a recente decisão judicial que retirou dela a guarda do menino, agora concedida integralmente ao pai, o cantor Murilo Huff. A decisão, tomada em caráter liminar pela Segunda Vara de Família de Goiânia, destacou que "o exercício do poder familiar pelos pais deve prevalecer", encerrando assim a guarda compartilhada estabelecida desde a morte de Marília, em 2021.
Emocionada, Dona Ruth declarou que a perda da guarda do neto a fez reviver o luto da filha. "Quando a gente perde um filho, a gente morre junto", desabafou. Para ela, ficar sem a companhia diária do neto foi um golpe emocional difícil de suportar. Paralelamente à questão da guarda, a avó também enfrenta críticas envolvendo a divisão da indenização de 2 milhões de dólares referentes ao acidente aéreo que matou Marília Mendonça e outras quatro pessoas. A família da cantora ficou com cerca de 1 milhão de dólares do total, o que gerou questionamentos por parte das famílias das demais vítimas.
Vitória Medeiros, filha do piloto Geraldo Martins, usou as redes sociais para criticar o que considera uma divisão desigual, afirmando que "todas as vidas valem igual". Dona Ruth respondeu dizendo que também perdeu o irmão no acidente e que não teve influência na definição das parcelas, que, segundo seu advogado, já chegaram preestabelecidas pela empresa responsável pelo voo. Especialistas explicaram que valores indenizatórios podem variar conforme critérios legais como expectativa de vida e capacidade de geração de renda das vítimas, sem que isso signifique desvalorização de qualquer vida.
A defesa de Dona Ruth já anunciou que pretende recorrer da decisão que transferiu a guarda de Léo para o pai, alegando que o "melhor interesse da criança" não teria sido respeitado. Murilo Huff, por sua vez, disse, por meio de nota, que a convivência entre o filho e a avó não será impedida, garantindo que o menino "sempre conviveu diariamente com o pai" e que tentou uma solução amigável antes do processo judicial.