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América Latina se despede de "Chespirito"

28 nov 2014 - 22h11
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O célebre "Chespirito", comediante mexicano que encantou milhões de pessoas por décadas com personagens icônicos, morreu nesta sexta-feira aos 85 anos, entristecendo seus seguidores na América Latina, desde artistas e esportistas a parlamentares que interromperam suas sessões de trabalho para homenageá-lo.

Estátua de cera do personagem Chaves, interpretado por Roberto Gómez Bolaños, no Museu de Cera na Cidade do México, nesta sexta-feira. 28/11/2014
Estátua de cera do personagem Chaves, interpretado por Roberto Gómez Bolaños, no Museu de Cera na Cidade do México, nesta sexta-feira. 28/11/2014
Foto: Carlos Jasso / Reuters

Roberto Gómez Bolaños ganhou o apelido --um jogo de palavras com o nome de Shakespeare-- por sua prolífica produção de roteiros humorísticos e sua pequena estatura, e deixou sua marca com personagens como "Chapolin Colorado" e "Chaves".

O renomado jornalista mexicano Joaquín López-Dóriga interrompeu uma entrevista com o secretário da Fazenda para informar a morte do humorista no rádio.

O presidente mexicano expressou seu pesar pelo falecimento no Twitter. "Lamento profundamente a morte de Dom Roberto Gómez Bolaños, 'Chespirito'. Minhas condolências à sua família", escreveu Enrique Peña Nieto.

O time de futebol mexicano América, pelo qual Bolaños torceu durante décadas, publicou em sua conta no Twitter: "obrigado por nos encher a vida de alegria, sempre lembraremos de você por seu grande coração 'azulcrema'".

"Hoje nós dizemos até logo a um ídolo da América Latina e apaixonado pelo futebol. Obrigado @ChespiritoRGB por sua alegria", disse o "Piolho" Miguel Herrera, técnico da seleção mexicana de futebol e anteriormente treinador do América.

O jogador da seleção brasileira Luiz Gustavo disse no Twitter: "Vá com Deus, obrigado por ter feito muitos dos meus dias mais alegres e risonhos."

E no Congresso do Peru, parlamentares interromperam nesta sexta-feira a discussão do orçamento público para fazer um minuto de silêncio, em pé, em homenagem ao artista.

"Foi para o céu o menino que todos temos dentro de nós...", disse o compositor de origem venezuelana Ricardo Montaner.

Outro popular comediante mexicano, Javier López "Chabelo", confessou tê-lo admirado por toda a vida.

Seus antigos companheiros de trabalho lembraram Bolaños com carinho.

O ator Édgar Vivar, que interpretou papéis como "Nhonho" e o "Seu Barriga", lamentou a morte do artista e disse à emissora Televisa, onde Chespirito fez carreira, que seu colega "deixou só coisas boas, sempre com um sorriso".

"Chiquinha", a atriz María Antonieta de las Nieves, manteve uma disputa legal por anos contra Bolaños pelos direitos do personagem, mas nesta sexta-feira lembrou os bons momentos passados ao lado do comediante.

"Obrigado por ter feito tanta gente feliz e pelos maravilhosos momentos que compartilhamos no grupo. Descanse em paz Roberto", disse.

O ator que interpretava o Professor Girafales, Rubén Aguirre, também fazia parte deste grupo. Ele disse no Twitter estar chocado com a perda e que uma só vida não bastará para "reconhecer o seu talento, a sua generosidade e seu amor por este país".

(Reportagem adicional de Carlos Pacheco, na Cidade do México; de Marco Aquino, em Lima; e de Alvaro Tapia, em Santiago)

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