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Série 'O Assassinato do Ator Rafael Miguel' mostra caçada insana por assassino e revelações inéditas

Documentário da HBO Max que acaba de estrear conta fatos e detalhes inéditos dos crimes cometidos por Paulo Cupertino, pai de Isabela Tibcherani, namorada do ator

2 ago 2025 - 16h45
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O Assassinato do Ator Rafael Miguel, nova série documental original da HBO Max, que estreou nesta quinta-feira, 31, relata o assassinato do jovem artista conhecido por ter interpretado do Paçoca da mais recente versão de Chiquitas. Rafael Miguel e os pais, João e Miriam, foram mortos a tiros por Paulo Cupertino, pai de Isabela Tibcherani, namorada do ator, em 2019. A série aborda toda investigação, os dois julgamentos e a condenação de Paulo Cupertino a 98 anos pelo triplo homicídio.

"Todo projeto que a gente começa é o momento que precisamos decidir que história contar, como ter o apoio da polícia, linha de investigação. E o caso da Isabela era muito interessante. Era um caso famosos que queríamos trazer um novo olhar, um novo ângulo. E isso Isabela traz", conta Adriana Cechetti. "No terceiro episódio, próximo do encerramento do julgamento de Paulo Cupertino, a gente vive a tensão com ela".

Cuidados e tensões

O produtor Fernando Dias afirma que a equipe quis se aprofundar no relacionamento entre Rafael e Isabela. "Nosso primeiro episódio chamamos de 'Romeu e Julieta', por mostrar a construção de quão forte era a relação da Isabela e do Rafael. Ela chegou a ficar um ano longe dele, quase prisão domiciliar. Não era namorico, era genuíno. Levantamos esses arquivos, abrimos o diário dela, abrimos o podcast dele (em inglês), dedicado à namorada. Ela nunca iria imaginar que o pai chegasse a esse ponto (de matar o ator e os pais dele)."

Maurício Dias conta que a voz de Isabela e da investigadora Dra. Ivalda Aleixo, responsável pela caçada a Cupertino, são símbolos de resistência dentro desse contexto.

Isabela Tibcherani chora em depoimento para a série documental da HBO Max 'O Assassino do Ator Rafael Miguel'
Isabela Tibcherani chora em depoimento para a série documental da HBO Max 'O Assassino do Ator Rafael Miguel'
Foto: HHBO Max/Divulgação / Estadão

Logo que o caso começou a ser amplamente divulgado, a própria Isabela, que deu várias entrevistas sobre o assassinado do namorado e dos sogros, foi alvo de ataques nas redes sociais. No documentário, ela ganha espaço para compartilhar sua versão dos fatos e revelar suas cicatrizes, além de histórias, até então, inéditas para o público.

"Esperamos que, com a série, as pessoas conheçam finalmente a história dela. Ela era só uma menina de 18 anos, mas muita gente a julgou por aparência, por postura, por ser articulada. Nunca viram sua dor", frisa Maurício.

Os espectadores da série poderão acompanhar também o trabalho árduo da polícia, que, segundo a equipe, foi generosa com a produção e abriu todo o processo de investigação. Em um trecho, a delegada Ivana conta como foi o primeiro encontro com Paulo Cupertino após anos de caçada. "Ele olhou e me disse: 'até que enfim vocês me pegaram hein doutora. E essas olheiras aí?'", questionou o assassino. A policial respondeu: "Cada uma aqui é sua".

A produção procurou a família de Rafael Miguel, mas eles preferiam não dar entrevista.

HBO Max divulga cartaz do documentário 'O Assassinato do Ator Rafael Miguel' que mostra Paulo Cupertino
HBO Max divulga cartaz do documentário 'O Assassinato do Ator Rafael Miguel' que mostra Paulo Cupertino
Foto: HBO Max/Divulgação / Estadão

Entenda o caso

Em 9 de junho de 2019, Rafael Miguel e seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, foram assassinados na zona sul de São Paulo. O crime ocorreu após uma série de desentendimentos ligados ao namoro de Rafael com a Isabela Tibcherani, e teve como principal suspeito o pai da jovem, Paulo Cupertino, cuja motivação teria sido a oposição ao relacionamento da filha com o ator.

Os três foram atingidos por 13 disparos de arma de fogo. O caso ganhou grande repercussão nacional, não apenas pela violência do ato, mas pelo contexto que o motivou.

Após três anos de perseguição, a polícia o encontrou. No dia 30 de maio de 2025, após dois dias de julgamento, Paulo Cupertino foi condenado a 98 anos de prisão pelo triplo homicídio. Mesmo mantendo sua alegação de inocência, ele foi considerado culpado pelo júri popular.

Estadão
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