Netflix cancela live-action de He-Man depois de gastar US$ 30 milhões no filme
Netflix voltou atrás e cancelou desenvolvimento de filme do He-Man após gastar US$ 30 milhões no desenvolvimento do projeto e se assustar com orçamento final
A Netflix cancelou o filme live-action de He-Man e os Mestres do Universo que estava em pleno desenvolvimento. Segundo informações, o longa já estava em uma etapa avançada da pré-produção e a empresa já teria gastado cerca de US$ 30 milhões quando o projeto foi suspenso.
De acordo com a Variety, o principal motivo do cancelamento foi justamente a preocupação da companhia com o orçamento do filme. As projeções apontavam que seriam necessários algo próximo de US$ 200 milhões para fazer com que o herói de Eternia ganhasse sua versão em carne e osso, valor que a plataforma considerou alto demais.
Os US$ 30 milhões que já foram gastos, afirma a página, foram usados no desenvolvimento inicial do longa, sobretudo na construção do conceito, das primeiras versões do roteiro e na contratação de seu elenco. O ator Kyle Allen (Amor, Sublime Amor) foi escolhido para viver o Príncipe Adam e seu alter ego He-Man. Já Aaron Nee (Cidade Perdida) ficaria a cargo da direção.
Só que o cancelamento da Netflix não significa o fim do projeto. Mesmo com a perda da parceira, a Mattel segue empolgada com o bom momento de seus brinquedos no cinema e seguirá em busca de um novo estúdio para produzir o filme. Enquanto isso, a fabricante deve comemorar os bons resultados de Barbie nos cinemas — e pode ser que o filme da boneca ajude a financiar ou mesmo incentivar alguma produtora a abraçar a adaptação de Mestres do Universo.
O único ponto é que, ao contrário da produção estrelada por Margot Robbie, a ideia de levar He-Man de volta às telonas parece não ter empolgado muito Hollywood. Há anos comenta-se sobre esse retorno do herói de Grayskull, mas as coisas nunca avançam para algo mais concreto. Em mais de 15 anos, estúdios como Warner e Sony trabalharam na nova versão do live-action, mas as coisas nunca andaram o suficiente para sair do papel.
E uma das possíveis razões para essa desconfiança é o fato de produções ligadas a He-Man nunca terem deslanchado de verdade depois da década de 1980. Mesmo com a onda nostálgica que vimos nos últimos anos, as animações do personagem nunca foram para além do nicho e até mesmo as produções mais maduras, como o desenho Mestres do Universo: Salvando Eternia, dividiram bastante a opinião do público.
Além disso, os filmes de brinquedos também nunca foram muito fortes no cinema. Franquias como Transformers e G.I. Joe sempre tiveram bilheterias bem medianas, o que afasta os estúdios dos orçamentos astronômicos. Por isso mesmo, há uma expectativa para ver se o fenômeno Barbie mudará esse cenário.
Fonte: Variety
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