'Menino mais bonito do mundo', ator sueco morre aos 70 anos
Premiado, Björn Andrésen teve carreira longeva no cinema e na música; saiba mais
O ator sueco Björn Andrésen, conhecido por seu papel em "Morte em Veneza" e chamado de "menino mais bonito do mundo", morreu aos 70 anos; a causa da morte não foi divulgada.
O artista sueco Björn Andrésen, que ganhou fama por seu trabalho em Morte em Veneza (1971), morreu aos 70 anos. A obra do cineasta italiano Luchino Visconti (1906–1976), na qual atuou ainda na juventude, lhe rendeu o apelido de “menino mais bonito do mundo”. A informação é do The Hollywood Reporter.
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De acordo com a publicação norte-americana, ainda não há informações sobre a causa da morte do ator.
Björn Andrésen tinha apenas 15 anos quando atuou em Morte em Veneza. O filme gira em torno da obsessão de um homem mais velho, interpretado por Dirk Bogarde (1921–1999), pelo jovem vivido pelo sueco. Durante o lançamento da obra, no Festival de Veneza de 1971, Visconti celebrou o desempenho do ator e declarou à imprensa que o considerava “o menino mais bonito do mundo”.
Anos depois do sucesso do filme, Andrésen passou a criticar publicamente o modo como foi tratado por Visconti durante e após as gravações. Segundo relatou, o cineasta nunca mais falou com ele depois do lançamento. “Eu me sentia como um animal exótico trancafiado”, afirmou em entrevista ao jornal britânico The Guardian, em 2003.
Em 2021, em nova entrevista à mesma publicação, Andrésen fez declarações ainda mais contundentes, chamando o cineasta de “predador cultural que sacrificaria qualquer coisa ou qualquer pessoa em prol do trabalho”. Ele acrescentou que o diretor “acabou de verdade” com a vida dele.
Fora das telonas, Björn Andrésen se dedicou à carreira musical, na qual teve relativo sucesso. Apesar da desilusão com Morte em Veneza, sua trajetória foi retratada no documentário O Garoto Mais Bonito do Mundo (2021) — título inspirado no apelido dado por Visconti. A produção venceu o Grande Prêmio do Júri de Melhor Documentário Internacional no Festival de Sundance de 2021.
Ao longo das décadas, Andrésen também participou de outras produções, sendo uma das mais recentes e de maior destaque o terror Midsommar – O Mal Não Espera a Noite (2019). Na vida pessoal, embora discreto, sabe-se que ele teve dois filhos, frutos do casamento com a poeta Susanna Roman.