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Cineasta Carlos Reichenbach morre aos 67 anos em São Paulo

14 jun 2012 - 20h00
(atualizado às 22h26)
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Diretor, roteirista, fotógrafo e produtor, Carlos Reichenbach morreu na tarde desta quarta-feira (14), data em que completou 67 anos de vida. O cineasta passou mal em sua casa e morreu na ambulância a caminho da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo. A causa da morte, no entanto, não foi divulgada por sua assessoria.

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Carlos Reichenbach morreu em São Paulo nesta quarta-feira (!4), data em que completava 67 anos
Carlos Reichenbach morreu em São Paulo nesta quarta-feira (!4), data em que completava 67 anos
Foto: Divulgação

Carlão, como era conhecido entre os amigos, dirigiu 22 filmes, entre eles Liliam M: Relatório Confidencial (1975), A Ilha dos Prazeres Proibidos (1979), Império do Desejo (1981), Filme Demência (1985), Anjos do Arrabalde (1987), Alma Corsária (1993) e Garotas do ABC (2003).

Um dos principais atuantes do Cinema Marginal e do cinema da Boca do Lixo, o gaúcho de Porto Alegre também foi professor da Escola de Comunição e Arte, da USP, e, desde 2004, comandava a Sessão do Comodoro no CineSesc. Reichenbach ainda foi colaborador do Terra como crítico de cinema.

Entre os cerca de 20 prêmios que conquistou na carreira estão o prêmio especial do júri no Festival de Brasília por Garotas do ABC (2003) e o Troféu Candango de melhor filme por Alma Corsária (1993); no Festival de Gramado, ganhou o Kikito de Ouro de melhor filme por Anjos do Arrabalde (1987) e o prêmio de melhor diretor por Filme Demência (1986). Entre as congratulações internacionais, Reichenbach já ganhou o prêmio Trentennale na Mostra internazionale del Nuovo Cinema di Pesaro, na Itália, por Alma Corsária (1993) e o Leopardo Dourado, no Festival de Locarno, na Suíça, por Dois Córregos - Verdades Submersas no Tempo (1999).

Ao longo dos últimos anos, Carlos Reichenbach sofreu três infartos, passando por três pontes de safena e uma mamária, dois cateterismos e angioplastia, Ele também passou por uma operação de catarata. Em seu blog (olhoslivres2.zip.net), além de atualizar com análises e críticas de produções cinematográficas), ele relatou seu estado de saúde em setembro de 2011.

Sempre positivo e ativo, Reichenbach escreveu: "daqui para frente sei que vou precisar diminuir um pouco o ritmo, mas estou vivo, pensando melhor que nunca e eufórico com a espera da chegada, em outubro, de Carolina, minha segunda neta. Além disso, tem um novo projeto de filme - a ser realizado após Um Anjo Desarticulado - que não me deixa mais dormir direito ou morrer, e que vai contar um pouco a história da vinda da minha mãe, da Estônia ao Brasil, na década de 20, e ilustrar uma fantasia pessoal, emocional e afetiva a respeito de Lênin."

O cineasta, que teve três filhos com a esposa, Lydia Reichenbach, será velado no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, a partir das 23h desta quinta-feira.

Fonte: Terra
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