Comendo "muita massa", Mari Antunes se prepara para Salvador
Vocalista do Babado Novo contou segredos de sua preparação em entrevista exclusiva: "nada integral, pra não desajustar o intestino, se não já viu"
O bom humor toma conta de Mari Antunes nas vésperas do Carnaval de Salvador. Em seu terceiro ano à frente do Babado Novo, a cantora acaba de gravar um DVD com a banda na histórica Igreja de São Francisco, no Pelourinho, fincando seus pés como principal líder do grupo desde a saída de Claudia Leitte.
Siga Terra Diversão no Twitter
Conhecida pela simpatia e beleza, a cantora morena não esconde a preocupação em se preparar para a longa maratona de quase 8h de show que vem pela frente. O Babado Novo estreia no Carnaval 2015 em Salvador nesta quinta-feira (12), no circuito Barra/Ondina. "Já um mês antes eu começo a dar uma prioridade, me exercito mais, não só pela estética mas também pelo condicionamento. Eu priorizo bastante exercícios cardiovasculares nessa época. E alimentação também", diz ela, em entrevista exclusiva ao Terra. Mas engana-se quem pensa que ela possui muitas frescuras na hora de comer. "Como muito carboidrato, muita massa, batata doce, e não como nada integral, pra não desajustar o intestino né, porque aí não vai ser legal pra mim, vai mudar a programação toda (risos)", brinca.
Além do lado físico, tem a questão musical também. Nesse quesito, Mari garante que a banda está bem servida e ensaiada. "Como já é o nosso terceiro Carnaval, temos muitas músicas", garante. Porém, de vez em quando, rola um improviso. "Em determinadas situações, nós repetimos algumas em outros pontos", admite.
Confira a entrevista completa:
Terra - O show no Carnaval é diferente, não é? Você fica ali em cima do trio horas e horas, é uma maratona. Como você está se preparando fisicamente para conseguir aguentar esse tempo todo de show?
Mari Antes - Realmente é bem diferente e tudo (que fazemos) tem que ser voltado para o Carnaval de Salvador. Já um mês antes eu começo a dar uma prioridade, me exercito mais, não só pela estética mas também pelo condicionamento. Eu priorizo bastante exercícios cardiovasculares nessa época. E alimentação também. Eu evito glúten, lactose, dando prioridade para proteínas. Já no período do Carnaval é o inverso, como muito carboidrato, muita massa, batata doce, e não como nada integral, pra não desajustar o intestino né, porque aí não vai ser legal pra mim, vai mudar a programação toda (risos).
E por conta do calor bem forte, você tem muita preocupação com hidratação, boca seca de tanto cantar? Quais são seus cuidados?
Nós fazemos um esquema geral de hidratação e de soro fisiológico. No percurso, usamos filtro solar e hidratação o tempo todo, com água, água de coco, também usamos carboidrato em sódio na água, que dá energia, e a cada duas horas de palco, eu limpo o rosto com soro, jogo no nariz, para também dar uma umidificada na região.
Vocês já têm uma informação concreta de quanto tempo vão ficar em cima do trio elétrico fazendo show?
Em relação ao percurso, varia entre 5h e 6h. Mas temos um planejamento que na prática é diferente, porque engarrafa, às vezes o trio da frente atrasa um pouco mais, ou fura o pneu, coisas que acontecem durante o percurso. Então podemos chegar até 8h. Existe uma programação, mas ela pode passar (do limite), ou apressar um pouco. Mas oficialmente é entre 5h e 6h.
E em questão de repertório que vocês terão durante esse tempo, eu acredito que seja difícil conseguir músicas para englobar 8h de show, então deve ter muito improviso. Como funciona?
A gente ensaia. Como já é o nosso terceiro Carnaval, temos muitas músicas. Em determinadas situações, a gente repete algumas em outros pontos, como música de trabalho, com visibilidade maior, às vezes tem pedido também. Mas temos um preparo com ensaio, onde colocamos os clássicos do axé, com algumas novidades do nosso DVD agora, algumas músicas inéditas vão rolar. Mas também damos uma roupagem nova para elas, deixando com mais cara de Carnaval, do Babado Novo. E fora as brincadeiras que a gente faz durante os blocos, com interação do público, então é bem versátil, tranquilo e, ao mesmo tempo, divertido.
Você falou do DVD, que vocês gravaram ele em um lugar bem especial, não é? Ali na frente da Igreja e Convento de São Francisco (no Pelourinho). Deve ter sido meio difícil ter conseguido autorização para fazer um show ali. Como foi isso?
Difícil é apelido, viu? (risos) Porque assim, a Igreja de São Francisco é praticamente um patrimônio mundial, e é uma das sete maravilhas portuguesas do mundo. E poder ter a chance de gravar um DVD ali, com projeções... realmente é uma logística tensa. Tem que pedir autorização até ao padre! (risos) Inclusive tinha missa no dia. Mas ele foi bem solicito com a gente, e conseguimos, fizemos toda a parte burocrática e deu certo. Não sei se outras pessoas conseguirão, mas a gente conseguiu e ficou maravilhoso.
E o padre assistiu ao show, ganhou um DVD?
(Risos) A gente deu sim um DVD pra ele. Eu não sei se ele assistiu, acho que não (risos). Mas nós demos, sim.
Bom, você falou do Carnaval, que é um show especial e tal, e até mesmo a questão da roupa é diferente. Você gostou de se fantasiar em diferentes temas e eu imagino que você já deva ter uma fantasia para esse ano, não sei se pode contar, mas...
Sim, sim, sim. Nosso tema desse ano é pin up, e a gente optou pelas pin up burlescas, europeias, com aquela característica marcante que as pin up têm, aquela maquiagem da época, né? São sete looks diferentes para o Carnaval. Uma pin up noiva, uma coelhinha... cada uma tem um seguimento de linha, sem ferir as características.
A música de trabalho de vocês para esse verão é ’15 Mil Por Mês’, uma música que já está fazendo sucesso. Dando uma pesquisada, vi que alguns grupos não entenderam a brincadeira da música e disseram que ela tem uma letra machista. Como você recebeu isso?
Na verdade essa é uma música que a gente já vem testando e está tendo um retorno bem legal. Ela tem um apelo popular que funciona muito nos shows, porque eu brinco: ‘tá pensando que é fácil ter um avião em casa?’. Então assim, a gente brinca de uma forma popular, bacana, e está tendo um retorno bom. Então dá para ter uma interação da banda com o público. Obviamente existem pessoas que não entendem, que não conseguem assimilar, têm uma interpretação diferente. Mas nossa intenção é mostrar que as mulheres são vaidosas e que o homem gosta de mulher vaidosa, mas que tem um custo para isso acontecer. Mas a gente tenta passar de uma forma tranquila.
Você está fazendo três anos de Babado Novo e foi você quem trouxe de volta a liderança feminina para o grupo, o que não acontecia desde a saída da Claudia Leitte. E, consequentemente, trouxe a banda de volta em evidência. É uma proposta sua ressuscitar aquela característica do conjunto de trabalhar a beleza da mulher?
Na verdade não encaro como prioridade. Acontece meio que naturalmente. Eu me apresento de minha forma natural e as pessoas assimilam isso. Não é fácil se inserir em uma trajetória que já existe, você aparece e dá uma cara diferente e as pessoas precisam se adaptar a isso. Mas não é algo feito propositalmente, tipo: ‘não, eu vou mostrar que eu sou assim e assim.’ A sensualidade, a dança, a forma como eu me comporto é bem natural. E eu sou muito popular, muito povo, gosto dessa coisa de “povão”, interação com o público. E é uma coisa que o Babado já tinha antigamente. Mas não tem uma estratégia para ser assim ou assado.
Quem tem as pernas mais bonitas do Carnaval? Vote
Musculosas ou saradas: Quem é melhor no Carnaval?
-to1t3jlyohgm.jpg)
