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Barrada do Eurovision, Rússia organiza concurso de música rival "Intervision"

19 set 2025 - 14h15
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Banida de participar do Eurovision, a Rússia lançará a final de seu próprio concurso internacional de música, a pedido do presidente Vladimir Putin, no sábado, com um nome da era soviética e atos destinados a promover "valores familiares tradicionais".

Cantores do "Intervision" virão de 23 países que representam mais da metade da população mundial, incluindo China, Índia e Brasil, e competirão por um prêmio em dinheiro de 30 milhões de rublos (US$360.000).

A Rússia foi excluída do concurso de música Eurovision desde que Putin ordenou a entrada de dezenas de milhares de soldados na Ucrânia em 2022. Este ano, Putin anunciou seu concurso rival, com um importante assessor do Kremlin nomeado para chefiar o conselho de supervisão. Kiev chamou o evento de "um instrumento de propaganda hostil".

O programa será transmitido ao vivo pela televisão russa. Os organizadores russos dizem que ele também estará disponível pela internet ou pela TV em outros países com uma população combinada de mais de 4 bilhões de pessoas, embora não tenham divulgado uma lista de emissoras estrangeiras que planejam transmiti-lo.

Músicas podem ser apresentadas em qualquer idioma. O resultado será decidido por um júri profissional de representantes de cada país, e não pelo público.

O Intervision retoma o nome de um concurso de música que Moscou costumava realizar na era soviética com seus Estados satélites do Leste Europeu. A nova versão contará com artistas de países que a Rússia agora considera amigáveis, incluindo Belarus, Cuba, Catar, Arábia Saudita, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.

A Sérvia é o único país a participar tanto do Eurovision quanto do Intervision. Os Estados Unidos também serão representados por um artista nascido na Austrália chamado "Vassy", depois que o cantor de R&B nascido nos EUA, Brandon Howard, desistiu no último minuto alegando motivos familiares.

Em contraste com o famoso kitsch do Eurovision, os organizadores russos do Intervision dizem que defendem "valores tradicionais, universais e familiares".

O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse em uma coletiva de imprensa antes do concurso que Moscou não havia proibido os russos de assistirem ao Eurovision, mas achava que havia espaço também para o que ele chamou de "abordagens alternativas para preservar tradições e culturas nacionais, bem como construções religiosas, espirituais e morais que herdamos de nossos ancestrais".

Na Rússia, regras rigorosas proíbem quaisquer ações consideradas promoção da homossexualidade, e "o movimento público LGBT internacional" é considerado uma organização extremista.

A Rússia participou do Eurovision 23 vezes a partir de 1994 e venceu em 2008 com a música "Believe", de Dima Bilan.

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