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Itália define destino da biblioteca de Umberto Eco

Coleção será dividida entre biblioteca estatal e universidade

1 fev 2021 - 09h05
(atualizado às 09h08)
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Quase cinco anos após a morte de Umberto Eco (1932-2016), seus herdeiros e o governo da Itália sacramentaram o destino de sua rica coleção de livros, que será dividida entre uma das principais bibliotecas estatais e a melhor universidade pública de grande porte do país.

Umberto Eco morreu em 19 de fevereiro de 2016, aos 84 anos
Umberto Eco morreu em 19 de fevereiro de 2016, aos 84 anos
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O Tribunal de Contas italiano aprovou o acordo que prevê a aquisição da coleção de livros antigos de Eco pela Biblioteca Nacional Braidense, instituição do Estado em Milão e que reúne cerca de 1,5 milhão de exemplares, enquanto o catálogo de volumes modernos e o arquivo do escritor serão entregues em comodato para a Universidade de Bolonha por 90 anos.

A coleção de livros antigos de Umberto Eco inclui 1,2 mil volumes anteriores ao século 20, incluindo 36 incunábulos, obras impressas logo após a invenção da imprensa, na segunda metade do século 15.

"A Biblioteca Braidense está entusiasmada com o fato de a herança de Eco ser colocada ao lado de sua coleção de livros raros e está agradecida ao Estado pela aquisição", disse James Bradburne, diretor da Pinacoteca de Brera, gestora da biblioteca.

Já a designação da Universidade de Bolonha como destino da coleção de livros modernos e do arquivo de Eco também é uma homenagem à sua história: o escritor foi professor emérito da instituição de ensino, eleita em 2020 como a melhor universidade pública da Itália com mais de 40 mil alunos.

Umberto Eco morreu em 19 de fevereiro de 2016, aos 84 anos de idade, como um dos maiores escritores e intelectuais da Itália. Entre seus maiores sucessos literários estão "O nome da rosa" (1980) e "O pêndulo de Foucault", de 1988.

Ansa - Brasil   
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