Após comentários políticos, Pharrell responde críticas e afirma que vai continuar lutando para 'nivelar o campo de jogo'
Ao receber prêmio "Shoe of the Year", o artista reafirmou seu compromisso com igualdade de oportunidades, apesar da polêmica
Durante a cerimônia do Footwear News Achievement Awards 2025, onde foi homenageado com o prêmio Shoe of the Year, Pharrell Williams aproveitou o palco para responder à onda de críticas que surgiram após seus recentes posicionamentos públicos sobre política, raça e diversidade. Com tom firme e pessoal, ele relembrou sua origem humilde, dificuldades na infância e garantiu que continuará buscando meios de promover oportunidades iguais.
"Transformem isso em manchete. Como a maioria das pessoas não gosta mais de ler ou pesquisar, transformem isso em manchete," disse Pharrell ao público. "Deus é o maior. Transformem isso em manchete. Eu sou da Virgínia… Vocês não viram o que eu vi… como pessoas negras e pardas nesta terra, temos que nos manter firmes." Com essas palavras, ele procurou dar contexto à declaração polêmica recente.
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Segundo Pharrell, a crítica não o silencia: "Nunca vou parar de lutar. Nunca vou parar de arrecadar fundos para ajudar a nivelar o campo de jogo. Nunca." Ele destacou o trabalho de seu programa de fomento à diversidade, o Black Ambition Prize, que já destinou milhões de dólares a startups fundadas por pessoas negras e pardas, como parte concreta de seu compromisso com a igualdade de oportunidades.
O contexto das falas
Nas semanas anteriores, Pharrell gerou polêmica ao participar do evento Black Ambition Demo Day, onde declarou que "odeia política" e chamou a política formal de "truque de mágica". Na ocasião, ele argumentou que escolher um lado político significa apoiar divisões, e questionou o uso de programas de diversidade e inclusão (DEI) baseados em raça, dizendo que empreendimentos deveriam ser apoiados pelo mérito, "porque são os melhores", e não pela cor da pele.
A repercussão negativa foi imediata. Muitos entenderam as falas como um desprezo às políticas afirmativas e às desigualdades estruturais enfrentadas por pessoas negras e periféricas. A polêmica reacendeu o debate sobre o papel da representatividade, da desigualdade histórica e da responsabilidade social de figuras públicas que têm grande alcance.