Script = https://s1.trrsf.com/update-1764790511/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Por que Malice, do Clipse, acredita que a IA na música é 'exatamente o que o mundo precisa'?

Em sessão no Reddit, o rapper fala sobre ascensão da inteligência artificial na indústria

5 dez 2025 - 08h12
Compartilhar
Exibir comentários

Em uma recente sessão de perguntas e respostas no Reddit, Malice não poupou palavras ao comentar o uso da inteligência artificial na produção musical. Questionado sobre o que pensava da ascensão da inteligência artificial na música, ele respondeu:

Foto: Joseph Okpako/WireImage / Rolling Stone Brasil

"Exatamente o que o mundo precisa, mais falsidade!".

A afirmação de Malice vem em um momento em que a tecnologia, da mixagem, criação de samples à geração de vozes ou arranjos, está se tornando cada vez mais presente nos estúdios e streamings.

Para ele, a música criada ou "ajustada" por inteligência artificial representa uma ameaça à honestidade artística, algo que, segundo o rapper, deve ser sentido pelo público e pelos próprios artistas. A declaração dividiu opiniões nas redes: alguns apoiaram o rapper, apontando que a autenticidade do som humano é insubstituível; outros defenderam que a tecnologia pode ampliar possibilidades criativas, principalmente para quem não tem acesso a grandes estúdios.

O hip hop está dividido?

Malice não está sozinho no coro de críticos da inteligência artificial na música. Em 2024, mais de 200 artistas, entre eles Billie Eilish, Katy Perry, Nicki Minaj e Stevie Wonder, assinaram uma carta aberta organizada pela Artist Rights Alliance (ARA) pedindo a suspensão do uso de inteligência artificial para a geração de música sem o devido consentimento ou remuneração aos criadores originais.

Para os signatários, a tecnologia generativa representa um risco real à integridade artística e à justiça econômica: vozes e obras poderiam ser reutilizadas sem autorização, royalties diluídos, e o valor da criatividade humana seriamente comprometido.

Em outro ato simbólico de resistência em 2025, Paul McCartney anunciou o lançamento de uma "faixa silenciosa", gravada em estúdio vazio, como protesto ao uso não autorizado de obras protegidas por inteligência artificial. O projeto faz parte de uma campanha global contra a banalização da criação sonora.

Por outro lado, não falta quem defenda a IA como instrumento de inovação. Timbaland, por exemplo, admitiu publicamente haver adotado inteligência artificial em seu processo de criação, definindo a tecnologia como "a evolução do sampling". Kanye West também entrou nessa discussão, em entrevista recente, ele afirmou que estava usando inteligência artificial nos vocais em seus últimos projetos, comparando a tecnologia ao Auto-Tune, algo que já revolucionou a música no passado.

Para esse grupo, o argumento é de que, quando usada com responsabilidade, a inteligência artificial pode representar uma expansão criativa.

Além disso, há quem aponte que a inteligência artificial democratiza o acesso, ou seja, para artistas independentes ou em regiões afastadas, ela pode permitir a experimentação e a produção sem a necessidade de grandes estruturas, abrindo portas para novos sons e expressões.

Rolling Stone Brasil Rolling Stone Brasil
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade