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Designer homenageia orixás em criação de peças em nova coleção

“A coleção consiste em trazer elementos que identifiquem os senhores de nosso ORI”, diz designer

30 jul 2022 - 05h00
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Modelo - Peu Damasceno.
Modelo - Peu Damasceno.
Foto: Cleiton Libra.

O designer Diego Morais, mais conhecido como Dih, quilombola do Barro Preto, é do município baiano de Jequié, e atualmente reside no bairro de Nazaré, em Salvador, onde produz suas peças de vestuário que se tornaram sucesso até nas redes sociais. Em seu processo de criação, Dih procura referências nos orixás.

“Busco referência como cor predominante e outros elementos de determinado orixá e passo a trabalhar a partir disso, assim vou atrás da combinação de cores que fique visualmente mais agradável, para que seja uma apresentação desejada pelos clientes”, conta o designer.

As criações do empresário baiano, têm se tornado um sucesso por onde passa. Em sua nova coleção, intitulada ORIgens, os símbolos da religião de matriz africana, como os orixás, estampam bolsas de diversos estilos, tamanho e estampas.

Modelo - Peu Damasceno.
Modelo - Peu Damasceno.
Foto: Cleiton Libra.

Segundo Dih, a nova coleção fala sobre a ancestralidade do seu povo, das origens enquanto reis e rainhas que foram arrancados de seus tronos. A coleção traz consigo o questionamento: “O que seu Ori pode fazer de você?

“A série ORIgens tem a junção de cabeça e ponto de partida, de onde viemos, para onde iremos. A série consiste em trazer elementos que identifiquem os senhores de nosso ORI”, explica o designer.

Produzindo e empreendendo desde 2016, as peças do designer já marcaram presença no Desfile da Resistência que acontece em Salvador, a Expo de moda Salvador, onde foi efetivamente um sucesso e, no desfile de Moda de Jorge Andrade, grande amigo e estilista.

Modelo - Peu Damasceno.
Modelo - Peu Damasceno.
Foto: Cleiton Libra.

Dih Morais é praticamente tudo em um só, divide seu tempo entre criar, confeccionar, vender e além de tudo é quem organiza o próprio marketing nas redes socais. Ele ressalta que para o afroempreendedor é sempre um pouco mais difícil, pois todos os dias, é preciso passar por inúmeros obstáculos.

“É difícil... porque muitas vezes nem os nossos acreditam em nós, isso nos faz até pensar em desistir. Dar conta de todo o rolê é muito difícil e ser o que faz tudo é se permitir ‘bugar’ de vez em quando, mas é gratificante pois sei que em tudo eu estou e tem um pedaço de mim. Muito axé”, conclui Dih Morais.

Dih Morais e sua avó Maria da Conceição MORAIS.
Dih Morais e sua avó Maria da Conceição MORAIS.
Foto:
ANF
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