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Senha 'Louvre': especialista aborda segurança online e avalia vulnerabilidade do museu francês

Acessos óbvios como o escolhido pela instituição francesa são uma das principais portas para invasores; saiba como criar uma senha forte

11 nov 2025 - 05h00
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Senhas curtas e de fácil memorização são portas de entrada para ataques
Senhas curtas e de fácil memorização são portas de entrada para ataques
Foto: Reprodução/Unsplash/Towfiqu barbhuiya

Relatórios acessados pelo grupo de jornalismo investigativo CheckNews revelaram recentemente uma falha de segurança alarmante: a senha do sistema de vigilância do Museu do Louvre era simplesmente “Louvre”. Essa escolha óbvia é apenas uma das vulnerabilidades apontadas nas auditorias privadas responsáveis pelos documentos.

A falta de cuidado na segurança de sistemas não se restringe a falhas institucionais. Em novembro de 2024, uma análise da NordPass, em colaboração com a NordStellar, baseada em 2,5 terabytes de informações vazadas, revelou as senhas mais inseguras do mundo. O tradicional “123456” liderou o ranking tanto globalmente quanto no Brasil.

Senhas fortes: fuja do óbvio!

“As senhas precisam ser complexas e longas. Se são curtas e de fácil memorização, possivelmente serão fáceis de serem descobertas por hackers”, alerta Cristiano Vicente, diretor de Inovação da consultoria Grownt, em entrevista ao Terra. “Sugiro o uso de aplicativos para salvar senhas. Há vários com extensões para navegadores web, para facilitar o uso.”

O especialista em tecnologia reforça que acessos baseadas em nomes, datas ou padrões simples são um dos principais pontos de entrada para invasores. “Há um método utilizado por hackers chamado de ‘ataque de força bruta’, que busca ‘descobrir’ senhas testando todas as combinações possíveis. Quanto mais curta e simples for, mais rápido o hacker a descobrirá.”

Vicente também ressalta outros cuidados básicos, porém esquecidos, como não clicar em links desconhecidos, não acessar redes Wi-Fi gratuitas e não recarregar celulares em carregadores desconhecidos. “Todos são portas de acesso para o roubo de senhas”, explicou.

Museu do Louvre: atualizações recomendadas

Museu do Louvre, em Paris, foi roubado em 19 de outubro
Museu do Louvre, em Paris, foi roubado em 19 de outubro
Foto: Divulgação: ticketslouvre.com

Voltando ao Louvre, o museu contratou uma auditoria de segurança há cerca de uma década, mas as atualizações não serão concluídas até, no mínimo, 2032. Segundo o diretor da Grownt, projetos dessa magnitude envolvem alto custo, investimento em hardware e software, impacto institucional e questões técnicas complexas. No entanto, ele pondera: “O prazo para implementação poderia ter sido reduzido se houvesse clareza dos riscos envolvidos.”

Vicente detalhou as atualizações necessárias para corrigir as vulnerabilidades do Louvre: implementação de protocolos rígidos de segurança; revisão completa das senhas e acessos; adoção de autenticação multifator; monitoramento contínuo; auditorias periódicas com equipes independentes; e atualização da infraestrutura (hardware e software), além de auditorias em terceiros e prestadores de serviço.

“Estimativas iniciais apontadas por especialistas revelam que o custo da implementação proposta pelo Louvre está em torno de 800 milhões de euros”, informou o diretor. “Entendo que há uma razoável probabilidade de este valor sofrer alguns cortes, levando o Louvre novamente a exposição a novas vulnerabilidades.”

Pesquisa da Sinch revela que brasileiros confiam mais nas recomendações de IA do que a média global:
Fonte: Portal Terra
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