Se andar de moto no Dakar é extremamente perigoso, competir com uma Vespa é quase suicida; isso aconteceu em 1980
Apenas 31 das 86 motos daquele ano conseguiram chegar ao Lago Rosa, e as Vespas não foram as últimas
O Dakar é uma coisa. E o Paris-Dakar outra.
Não é algo ruim, apenas o registro do que aconteceu devido à passagem do tempo, em razão da profissionalização do rali mais famoso do mundo.
José Armando Gómez, comentarista de Fórmula E e jornalista da Coche Magazine, explica muito bem neste tópico do X. Nele, ele elogia as possibilidades oferecidas pela Arábia Saudita como um ambiente para competir no Dakar, com suas enormes dunas que se combinam com pistero e terreno menos arenoso, mas muito rápido.
Mas ele lembra que, ao longo dos anos, a essência da "viagem" que foi o Paris Dakar se perdeu. Um rali menos profissionalizado, com um maior componente de aventura e que podia se gabar de unir culturas, países e até continentes. Nessa evolução do Dakar, a verdadeira loucura daqueles que até então eram anônimos também se perdeu.
Como o dia em que quatro amigos apareceram na linha de partida em Paris com quatro Vespas. Objetivo: chegar a Dakar.
Quatro amigos e quatro Vespas
1980.
Era o segundo ano em que o "rali mais difícil do mundo" seria realizado. No ano anterior, 80 carros e 90 motocicletas se aventuraram pela primeira vez em uma competição que os levaria das ruas de Paris a Dakar, capital do Senegal. No caminho 10 mil km para cruzar França, Argélia, Níger, Mali e Senegal.
Obviamente, com as tecnologias de 45 anos atrás e com a intenção de cruzar grande parte da África, o espírito aventureiro estava intimamente ligado a uma primeira edição em que antes era uma questão de ...
Matérias relacionadas
"Nem trabalha, nem estuda": Geração Z tem menor quantidade de "nem-nems" desde 2012