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Réplicas de um terremoto: o que são e porque ocorrem

Após um grande terremoto, réplicas podem acontecer de algumas horas a até vários anos, graças à energia acumulada em falhas próximas ao tremor original

27 fev 2023 - 20h22
(atualizado em 28/2/2023 às 11h55)
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Um novo terremoto atingiu a Turquia nesta segunda-feira (27), três semanas após os tremores do dia 6 de fevereiro deixarem mais de 50 mil vítimas no país. Centenas de réplicas — nome que se dá a tremores que acompanham o principal — já seguiram o primeiro sismo.

Horas, dias e até anos: o intervalo de tempo em que réplicas de um terremoto podem ocorrer varia de evento para evento, mas ele pode ser terrivelmente longo, especialmente para uma comunidade que ainda não se recompôs após o maior tremor. Uma réplica é causada pela liberação de energia em falhas geológicas próximas àquela que gerou o primeiro terremoto. Estas falhas podem ser criadas durante o primeiro sismo ou mesmo já existirem, apenas aumentando a tensão que acumulam entre suas rochas.

Foto: Imagem: Voice of America News/Wikimedia Commons / Canaltech

A frequência e a magnitude das réplicas diminui com o tempo, mas tudo depende das condições geológicas do local e da magnitude do primeiro tremor. Estudos indicam uma variação de 0.1 a 3 na ordem de magnitude original, mas mesmos tremores mais fracos podem causar dano significativo em locais que ainda estão se recuperando de uma tragédia. Na Turquia, o diretor-geral da Autoridade de Gerenciamento de Desastres e Emergências, Orhan Tatar, afirmou que 45 eventos de magnitude entre 5 e 6 aconteceram em 21 dias.

Os terremotos de Nova Madrid

Nova Madrid, cidade do estado norte-americano do Missouri, foi atingida por dois sismos de magnitude entre 7 e 8 no mesmo dia em dezembro de 1811. Em janeiro de 1812, mais dois tremores nesta faixa abalaram a região. A magnitude exata da sequência de réplica não é conhecida, já que não haviam sismógrafos na época.

Estudos na última década mostraram que terremotos sentidos na região ainda são réplicas destes tremores de mais de 200 anos. Os tremores atuais, porém, são significativamente menores: o último detectado na região foi neste domingo (26), com 2,6 graus de magnitude.

Fonte: Al Jazeera

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