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Quase metade dos brasileiros teme "julgamento da internet", diz estudo

Segundo o instituto Datafolha, 38% dos entrevistados se sentem cobrados pelo conteúdo postado em redes sociais

15 set 2022 - 17h24
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Cyberbullying deixa marcas emocionais profundas na vítima
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Foto: Elf-Moondance/Pixabay / Tecnoblog

Uma pesquisa nacional do instituto Datafolha sobre saúde mental, divulgada nesta quinta-feira (15), afirma que 38% dos entrevistados se sentem cobrados pelo conteúdo postado em redes sociais e têm medo constante de serem julgados por seus amigos e seguidores.

Além disso, um terço dos ouvidos diz sentir muita ansiedade para saber se suas postagens serão bem aceitas ou não. A pesquisa foi encomendada pela Abrata (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) e pela empresa farmacêutica Viatris.

O levantamento traz ainda outras estimativas preocupantes sobre comportamento online:

  • 65% dos entrevistados se sentem pressionados a encarar as coisas sempre de uma forma muito positiva nas redes sociais, mesmo quando estão com problemas
  • Sobre a questão anterior, as mulheres (71%) e as pessoas entre 16 e 24 anos (65%) são as que mais relatam essa pressão;
  • Para 65% dos participantes, a felicidade alheia nas redes sociais faz com que as pessoas se sintam insatisfeitas com suas vidas. Novamente as mulheres são as que mais sentem isso (69%, contra 61% dos homens);
  • 79% dizem que as redes sociais podem contribuir para aumentar os problemas de saúde mental;
  • Para 84%, os "haters" — que propagam ódio nas redes sociais — podem influenciar no crescimento do nível de suicídio na sociedade.

"Entre os mais novos, os nativos digitais, às vezes não há o mesmo discernimento dos mais velhos de que existe uma vida dentro das redes sociais e uma outra vida fora", disse o psiquiatra Fernando Fernandes, conselheiro da Abrata, para a "Folha de S. Paulo".

"Vivemos numa sociedade líquida, sem garantias do agora ou do futuro. Ao mesmo tempo, na internet, as pessoas estão viajando, têm corpos, cabelos bonitos. Você vê tudo aquilo e quer também, mas a sua realidade é bem diferente", também afirmou à reportagem Carolina de Souza, 30, bacharel em direito pela PUC-MG e autora do livro "Suicídio e Internet".

Para obter uma amostragem nacional, o estudo abordou em agosto 2.098 pessoas a partir de 16 anos, de todas as classes econômicas, em 130 municípios dentro das cinco regiões socioeconômicas do Brasil, de forma presencial. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Redação Byte
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