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Privatização dos Correios vai pesar no seu bolso, diz líder da estatal

O general Juarez Aparecido Cunha, presidente da instituição, defendeu que empresas comprariam apenas...

6 jun 2019 - 17h55
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A privatização dos Correios, apoiada pelo governo, deixaria sob o comando das empresas privadas a parte lucrativa da instituição enquanto a deficitária continuaria sendo paga pelos brasileiros por meio dos impostos, afirmou o presidente da estatal, general Juarez Aparecido Cunha, durante uma audiência na tarde desta quinta-feira (05) na Câmara dos Deputados.

Foto: TecMundo

O setor lucrativo dentro da instituição é o de entrega de encomendas, os serviços postais, por outro lado, são os responsáveis pelo déficit  muito por conta da substituição do envio de cartas por mensagens eletrônicas. "Se parte dos Correios for privatizada, o interessado em adquirir vai querer a parte boa", ressaltou Cunha.

Argumentos

Em 2018, 92% do lucro dos Correios ficou concentrado em 324 municípios, as outras mais de cinco mil cidades registraram um prejuízo que soma cerca de R$ 6,54 bilhões. "O Estado brasileiro ou o cidadão brasileiro que paga impostos vai pagar a conta dos demais municípios", afirmou Cunha diante deste cenário.

Fábio Abrahão, representante da Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia na audiência  apontou o rombo no Postalis, fundo de pensão dos servidores, como mais um motivo para privatização. Abrahão ressaltou que acredita que "é possível manter o serviço postal, manter a universalização, e o mais importante, resolver esses déficits gigantescos que foram abertos".

Cunha, por outro lado, questionou se além da questão financeira, quem é a favor da privatização calculou o custo social dos Correios, que distribui milhões de livros a todos os municípios. 

Como conclusão, a audiência decidiu levar dois projetos de lei em tramitação na Câmera que poderiam garantir a continuidade dos Correios como empresa pública ao presidente da casa. 

TecMundo
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