Os EUA tentaram desesperadamente estrangular a indústria chinesa de chips: levaram dois meses para voltar atrás
As restrições ao software necessário para fabricar chips foram suspensas. Mas o destino da China continua o mesmo
Existe um fator essencial para fabricar os melhores processadores do mundo: ter acesso ao software que permite projetá-los. E nesse ponto, pelo menos atualmente, a liderança continua sendo dos Estados Unidos por meio de três empresas: Siemens, Synopsys e Cadence. Desde maio, o governo Trump vem tentando puxar a corda com a China, usando esse software como arma. Mas a estratégia não deu muito certo.
No último dia 29 de maio, o Escritório de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos EUA deu a ordem: estava proibida a exportação de software EDA para grupos chineses. Era um movimento que buscava frear o avanço incessante da China no setor de semicondutores, em um momento crucial em que o país liderado por Xi Jinping vem alcançando marcos importantes em seus processos litográficos, tanto atuais quanto futuros.
A China, que há décadas busca alcançar a autossuficiência tecnológica e reduzir sua dependência dos EUA, viu nessas novas restrições "a maior oportunidade de crescimento da história", segundo algumas das principais figuras por trás das empresas chinesas de software EDA. Houve disparada nas ações, aposta nacional em um produto que vem sendo aprimorado há anos e até publicação no GitHub de alguns dos avanços que estavam obtendo nessa área.
Resultado: as restrições impostas à venda de software por Siemens, Cadence e Synopsys foram revogadas com efeito imediato, segundo o SCMP. Os três gigantes do setor podem retomar seus laços comerciais com a China, permitindo ...
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