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O que foi o Big Bang? Entenda sua história e evidências da teoria

A teoria do Big Bang é a mais aceita para explicar a origem do universo, sua evolução e seu futuro.

1 jul 2025 - 04h59
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Resumo
A teoria do Big Bang, a mais aceita sobre a origem do universo, explica que há 13,8 bilhões de anos ele surgiu a partir de uma expansão do espaço-tempo extremamente denso e quente, gerando estrelas, galáxias e elementos essenciais à vida.
Ilustração simula explosão do Big Bang
Ilustração simula explosão do Big Bang
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Entender o que foi o Big Bang é um dos primeiros passos para começar a compreender como surgiu o universo, uma das dúvidas que mais intriga a humanidade e a comunidade astronômica e científica há séculos. 

Segundo a teoria, o universo começou há cerca de 13,8 bilhões de anos a partir de um estado extremamente denso e quente. A partir desse ponto, foi iniciada uma expansão que continua até hoje e que deu origem a estrelas e galáxias infinitas.

O que foi o Big Bang?

O Big Bang é, de acordo com evidências científicas, o ponto inicial de tudo o que existe no universo. Trata-se de um evento cósmico que marcou o começo do espaço, do tempo e da matéria da maneira como conhecemos hoje. 

A teoria explica como o universo surgiu e evoluiu a partir de um estado extremamente concentrado, com a expansão repentina de um ponto minúsculo, denso e quente que originou o universo 13,8 bilhões de anos atrás. 

Diferentemente do que o nome da teoria sugere, não ocorreu uma explosão comum. O que aconteceu foi a expansão do próprio espaço-tempo.

Nos primeiros instantes logo após o Big Bang, o universo ainda era muito quente, o que impedia a existência de formas de vida. Ao longo de bilhões de anos, o universo começou a se expandir e esfriar sua temperatura, o que deu origem a partículas elementares. 

Elas foram responsáveis pelo nascimento de diferentes fenômenos astronômicos, como galáxias, estrelas, planetas e formas de vida, como conhecemos na Terra.

O processo inicial do Big Bang é descrito pela física como uma transição extremamente energética e veloz, na qual o universo cresceu de forma exponencial em uma fração de segundo. 

Esse fenômeno é chamado de "inflação cósmica" e foi fundamental para moldar a estrutura do cosmos como é conhecida atualmente.

Como os cientistas chegaram à teoria do Big Bang?

A teoria do Big Bang é resultado de décadas de observações e descobertas no campo da astronomia e da física. Um dos primeiros indícios que deram sustentação à teoria aconteceu em 1929, quando o astrônomo Edwin Hubble percebeu que as galáxias estavam se afastando umas das outras. 

A observação do norte-americano indicava que o universo estava em expansão e que, dessa forma, em algum momento o universo já esteve concentrado em um único ponto e, posteriormente, iniciou seu afastamento.

Mais tarde, em 1964, os cientistas Arno Penzias e Robert Wilson descobriram a radiação cósmica de fundo. Esse tipo de radiação permeia todo o espaço e trata-se de um resquício do calor extremo que fez parte do fenômeno do Big Bang. 

Essas evidências mudaram completamente a compreensão do cosmos, assim como observações astronômicas, cálculos teóricos e estudos da física moderna, com destaque a teoria da relatividade de Einstein. 

Os conhecimentos foram importantes para a construção do modelo atual de universo que consolidou o Big Bang como a explicação mais coerente para a origem do universo.

O que aconteceu logo após o Big Bang?

De acordo com a teoria do Big Bang, o universo passou por transformações radicais em seus primeiros momentos de vida. No início, a composição principal do universo era de energia pura e partículas fundamentais.

Logo nos primeiros três minutos, o universo começou a esfriar, o que deu origem aos primeiros núcleos atômicos. Acredita-se que, após cerca de 380 mil anos, os átomos se formaram e a luz tornou-se capaz de se propagar livremente pelo espaço. Hoje, essa luz é compreendida como radiação cósmica de fundo.

Outro momento crucial a inflação cósmica, que aconteceu em uma fração de segundo após o fenômeno do Big Bang. 

Segundo a ciência, nesse curto intervalo, o universo se expandiu muito rapidamente, até estar com a estrutura atual. Em seguida, com o resfriamento gradual do universo, começaram a surgir estrelas, galáxias e corpos celestes diversos.

O Big Bang é uma explosão?

Apesar do senso comum apresentar o Big Bang como uma grande explosão de matéria no vácuo, essa informação é incorreta do ponto de vista astrofísico.

Entende-se que o Big Bang não foi uma explosão no espaço, mas sim a própria expansão do espaço e do tempo da maneira como conhecemos. 

Dessa maneira, não existia "fora" do universo: o próprio espaço começou a se formar no momento inicial do Big Bang, ao mesmo tempo em que formaram-se  o tempo e a matéria.

Com isso, não houve explosão e o Big Bang não espalhou matéria em uma área já existente: o fenômeno criou o espaço onde a matéria passou a existir.

Evidências que comprovam o Big Bang

A teoria do Big Bang é sustentada por diversas evidências observáveis, mostradas ao longo dos séculos e, em especial, após o século XX. A expansão do universo é uma delas, já que foi comprovada por Hubble e, também, por observações de telescópios espaciais.

Outra evidência importante é a radiação cósmica de fundo, descoberta em 1964. Esse resquício térmico do universo mostra que ele já foi muito mais quente do que atualmente.

Além disso, o espaço conta com abundância de elementos leves. É o caso do hidrogênio e do hélio, elementos formados logo nos primeiros minutos de vida do universo, que compõem a maior parte da matéria visível no cosmos.

Teorias alternativas e complementares

A teoria do Big Bang é uma das mais aceitas pela comunidade científica e foi consolidada ao longo dos anos. Mesmo assim, existem outras hipóteses que tentam explicar a origem e a evolução do universo de maneiras diferentes.

Uma delas é o modelo cíclico: para a teoria, o universo tem ciclos de expansão e contração ao longo do tempo. Assim, em vez de um começo único para o universo, existiria uma sucessão de eventos como o Big Bang e o Big Crunch (um colapso do universo a partir da aproximação das galáxias, que culminaria na compressão de toda a matéria e energia que existem).

Ainda existe a ideia do multiverso, segundo a qual o universo como é conhecido seria apenas mais um entre vários outros, sendo que cada um deles contaria com leis da física próprias.

Entretanto, o Big Bang continua sendo a teoria mais aceita pela comunidade científica para explicar a origem do universo e sua estrutura atual.

O que havia antes do Big Bang?

O período anterior ao Big Bang ainda é uma incógnita para a ciência, que ainda não desenvolveu uma resposta definitiva sobre esse momento, diante de limitações tecnológicas e das limitações que o próprio conhecimento humano ainda possui.

Por exemplo: o próprio conceito de "antes" pode não se aplicar para o período anterior ao Big Bang, pois o tempo e o espaço surgiram com o próprio Big Bang. Por isso, abordar o momento anterior ao fenômeno desafia os limites da compreensão colocados pelas leis da física atuais.

A física teórica explora ideias como a gravidade quântica para responder à pergunta. Na ideia de gravidade quântica em loop, havia um universo anteriormente, que encolheu, tornou-se um ponto minúsculo e, novamente, se expandiu. Esse seria um ciclo contínuo, mas essa e outras teorias ainda não possuem comprovação.

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Fonte: Redação Terra
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