O Google não terá que vender o Chrome; a justiça escolheu outra penalidade: compartilhar dados com concorrentes
A empresa recorrerá da sentença, que terá impacto em futuros casos antitruste
Se alguma vez alguém imaginou que o Chrome acabaria nas mãos de outra empresa, isso não acontecerá. Nem a OpenAI nem a Perplexity, com sua ambição de competir em buscas, terão a oportunidade de ficar com ele. Segundo a Reuters, um juiz federal descartou a medida mais drástica em um dos casos antitruste mais relevantes da era digital. O Google manterá o controle de seu navegador principal e do Android, mas não sairá ileso: a decisão obriga a empresa a ceder espaço de outra forma.
O que foi decidido nesta terça-feira, 2/9: o juiz Amit P. Mehta determinou que o Google não terá que vender o Chrome nem o Android, mas deverá aceitar limites significativos em seus contratos de distribuição. A sentença proíbe acordos exclusivos para Chrome, Search, o assistente do Google e Gemini, aceitando parte das propostas da empresa. A decisão, emitida na terça-feira pelo Tribunal do Distrito de Columbia, é um marco no caso que colocou sob escrutínio o poder do buscador.
Compartilhamento de dados
O Google terá que fornecer aos concorrentes informações-chave de seu buscador. O magistrado estabeleceu que apenas empresas que cumpram critérios específicos poderão acessá-las, limitando o alcance da abertura. O objetivo é facilitar a competição em um mercado onde o domínio do Google se nutre de sinais de uso exclusivos. A decisão descarta, entretanto, o pedido do Governo de entregar um volume maior de dados.
O "padrão" sob análise: o tribunal também restringiu os acordos que garantem ao Google a ...
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