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O Google Glass, óculos espertos da empresa, voltou — ou quase isso; entenda

Empresa demonstrou o Projeto Aura, seu novo modelo de óculos inteligentes com tradução ao vivo e assistente Gemini integrado

20 mai 2025 - 17h34
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O Google Glass está de volta — ainda que espiritualmente. Não que o Google tenha relançado o controverso acessório lançado em 2012 e aposentado em 2016. Mas a gigante voltou a apostar na ideia de óculos espertos.

Nesta terça-feira, 20, durante o Google I/O, o Projeto Aura, desenvolvido em parceria com a fabricante chinesa Xreal. O modelo será o primeiro óculos do mercado a rodar o sistema Android XR, plataforma da empresa para dispositivos de realidade mista (XR), e contará com integração ao Gemini, inteligência artificial (IA) da gigante.

A apresentação marca uma nova fase da estratégia do Google para competir em um mercado que já conta com iniciativas da Meta, Apple e Snap. Os óculos com Android XR foram demonstrados no palco do evento com recursos como tradução em tempo real, instruções de navegação com sobreposição visual e comandos de voz, todos mediados pela IA Gemini.

Além da Xreal, que desenvolve o Projeto Aura, o Google confirmou parcerias com a Samsung e com marcas voltadas à moda, como a coreana Gentle Monster e a americana Warby Parker. A proposta é unir tecnologia e apelo estético para atrair diferentes públicos, de usuários do dia a dia a entusiastas de moda e inovação.

O vice-presidente de XR do Google, Shahram Izadi, afirmou que a companhia está expandindo sua parceria com a Samsung com o objetivo de desenvolver também óculos inteligentes. A empresa coreana já colabora com o Google no Projeto Moohan, óculos XR que também será lançado este ano, mas com foco em competir com o Vision Pro, da Apple.

Embora os detalhes técnicos do Projeto Aura ainda sejam limitados, a Xreal afirmou que os óculos usarão chips Snapdragon XR da Qualcomm e funcionarão de forma conectada, ou seja, precisarão ser pareados a outro dispositivo, como um smartphone. A startup também informou que os óculos serão leves e terão design semelhante ao de óculos convencionais.

A demonstração ao vivo durante o I/O indicou que os óculos terão câmeras, microfones e alto-falantes integrados, permitindo ao Gemini interpretar comandos e interagir com o ambiente. Um dos exemplos mostrados incluiu a tradução simultânea de um diálogo entre dois idiomas, além de recomendações de estabelecimentos próximos e fotos tiradas por comando de voz.

Ao incluir marcas como a Gentle Monster, conhecida por seus modelos ousados e populares entre celebridades como Beyoncé, Rihanna e Billie Eilish, e a Warby Parker, voltada ao público de consumo direto, o Google parece apostar numa combinação de estilo e funcionalidade. O objetivo é tornar os óculos atrativos não apenas como gadgets, mas também como itens de moda.

A abordagem é semelhante à adotada pela Meta com os óculos Ray-Ban, que já venderam mais de 2 milhões de unidades, segundo a empresa. Desde 2023, a Meta tem lançado edições limitadas inspiradas em estratégias da indústria de tênis e pretende lançar versões voltadas a atletas com a marca Oakley.

A plataforma Android XR, revelada no ano passado, é a base para essa nova geração de dispositivos de realidade estendida. Assim como o Android para celulares, a proposta do Google é que o sistema seja adotado por múltiplos fabricantes, criando um ecossistema diverso de hardware XR.

Apesar do entusiasmo, o Google ainda não divulgou o preço nem a data exata de lançamento dos óculos. A expectativa é que o Projeto Aura seja disponibilizado inicialmente para desenvolvedores, antes de chegar ao consumidor final. Já o headset Moohan, da Samsung, também com Android XR, tem lançamento previsto para ainda este ano.

Estadão
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