"Nem mesmo minha família entendeu": desenvolvedor trabalhou de graça por 10 anos; hoje, corporações e governos dependem de seu serviço
Hoje, recebe milhões em investimentos, mas o caminho até aqui não foi fácil
Por mais de uma década, Ben Haynes dedicou suas noites e fins de semana a um projeto pessoal que poucos entendiam e (pior), que ninguém financiava: não havia investidores, nem usuários para pagar por licenças ou assinaturas, nem mesmo uma comunidade ativa de desenvolvedores para apoiá-lo.
Apenas ele, seu PC e uma ideia: construir uma ferramenta que facilitasse o gerenciamento de bancos de dados, sem a necessidade de depender de interfaces complicadas como o phpMyAdmin.
Hoje, esse projeto — o Directus — ultrapassou 30 mil estrelas no GitHub, já é usado por governos, grandes corporações e desenvolvedores em todo o mundo e conta com uma equipe global de mais de 50 pessoas. Mas o caminho até aqui não foi nada fácil.
Uma obsessão solitária: os primeiros 10 anos (2004-2014)
Em 2004, antes mesmo de o GitHub existir, Haynes começou a trabalhar no que ele descreve como um "experimento simples": uma ferramenta destinada exclusivamente a facilitar seu trabalho como desenvolvedor freelancer.
"Não era uma startup, eu nem chamava de projeto."
Por 10 anos, ele trabalhou sozinho, sem colaboradores, sem comunidade. Apenas ele mantendo o código, adicionando funcionalidades entre os trabalhos dos clientes e lidando com a pergunta que sua mãe repetia com preocupação:
"Por que você está investindo tanto tempo em algo que está doando de graça?"
Na falta de um roteiro, seu único sinal de progresso era um pequeno contador em sua mesa que marcava as estrelas que o projeto estava ganhando no ...
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