Na era de ouro do MP3 a Sony cometeu um erro catastrófico: colocar malware em seus CDs de música
Para tentar frear a pirataria de músicas, a Sony apostou em um dos sistemas de proteção mais abusivos da história Quando foram pegos, negaram tudo, mas acabaram enfrentando processos milionários e tiveram que voltar atrás.
A Tokyo Tsushin Kogyo é uma das empresas mais tradicionais do mundo da tecnologia. Surgiu logo após a Segunda Guerra Mundial e passou os primeiros anos consertando rádios e criando eletrodomésticos, incluindo uma panela elétrica de arroz que não deu muito certo. Como o nome era complicado demais para o público ocidental, eles decidiram simplificar: virou Sony.
Agora sim, a história começa a fazer sentido. Afinal, ninguém precisa que a gente explique a essa altura o quanto a Sony foi importante para a inovação tecnológica.
Mas nem toda inovação traz bons resultados
E há exatos 20 anos, a Sony cometeu aquele que talvez tenha sido o maior erro de sua história: esconder um malware nos CDs de música que vendia.
Ah, o MP3…
Embora tenha explodido de vez no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, a história do formato já vinha de muito antes. Foi nos anos 80 que o engenheiro alemão Karlheinz Brandenburg desenvolveu uma forma de comprimir arquivos de áudio digital sem perda perceptível de qualidade para o ouvido humano.
Os fãs mais puristas do FLAC até torcem o nariz, mas o que Brandenburg e sua equipe criaram foi um algoritmo que removia informações sonoras difíceis de serem captadas por humanos, reduzindo drasticamente o tamanho dos arquivos.
Isso abriu um mundo de possibilidades para o consumo e a distribuição de música: surgiram os tocadores portáteis de MP3, a venda de faixas digitais e, claro, o streaming. Mas também escancarou as portas para a cópia e o download ilegal ...
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