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McAfee: "adoro farsas, mas não estou vivendo uma"

14 dez 2012 - 14h35
(atualizado às 17h37)
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John McAfee, o criador do antivírus que leva seu nome e que desde o mês passado estava fugindo da polícia de Belize, disse que, apesar das maluquices de sua escapada com cara de hoax (farsa) - que incluíu enterrar-se na areia, pintar o cabelo e mandar um sósia para o México enquanto fugia para a Guatemala - ele não está pregando uma pegadinha, ainda que se declare fá de farsas da internet. McAfee concedeu entrevistas nesta sexta-feira a redes de TV americanas em Miami, nos Estados Unidos, onde está atualmente.

O pioneiro da indústria de antivírus John McAfee chega a Miami, nos Estados Unidos, após ser deportado da Guatemala. Ele havia entrado ilegalmente no país fugindo de autoridades em Belize, onde é suspeito de homicídio
O pioneiro da indústria de antivírus John McAfee chega a Miami, nos Estados Unidos, após ser deportado da Guatemala. Ele havia entrado ilegalmente no país fugindo de autoridades em Belize, onde é suspeito de homicídio
Foto: AP

"Tudo isso não é uma farsa. Mas eu adoro farsas e pegadinhas, uma vez até bolei uma", declarou aos repórters da TV americana CNBC.

A aventura está cobrando seu preço. Para outra rede, a ABC, McAfee disse que não tem mais nada de sua fortuna, que ficou em Belize, incluindo US$ 20 milhões em investimentos em cerca de 15 propriedades. "Eu tenho duas mudas de roupa e um par de sapatos, e um amigo meu deu um pouco de dinheiro", disse, mostrando um maço de notas de cinco dólares.

"Ganhar dinheiro é fácil. Qualquer idiota consegue ganhar dinheiro, manter o dinheiro é que é difícil", disse à CNBC.

Na internet, as entervistas têm sido classificadas como estranhas, e até bizarras. McAfee reconheceu que já foi usuário de drogas, mas disse que não bebe e nem se associa ou trabalha com pessoas que bebem. Além disso, eleadmitiu que tem "muitas armas" nas suas propriedades, todas elas em posse da sua equipe de segurança.

"Eu moro num país, meu caro, que tem a maior taxa de assassinatos no mundo... dá uma olhada na internet!", sugeriu ao repórter da CNBC.

Mais uma vez ele negou ter qualquer envolvimento na morte do seu vizinho, que desencadeou sua fuga das autoridades.

Entenda o caso

John McAfee é o principal suspeito do assassinato do expatriado americano Gregory Faull, seu vizinho em San Pedro, Belize, país da costa nordeste da América Central, ao lado do México e da Guatemala. Faull foi encontrado morto com um tiro na cabeça na noite do dia 10 de novembro em sua casa. A polícia procurou McAfee no domingo (11) para interrogatório, mas ele se enterrou em um buraco na areia da praia, de onde observou a movimentação policial por 18 horas, e escapou dos agentes.

Para continuar fugindo da polícia, McAfee também pintou o cabelo. No dia 4 de dezembro, ele chegou à Guatemala, onde pede asilo político. Ele cruzou a fronteira entre os dois países ilegalmente acompanhado da sua noiva. De acordo com o jornal El País, o milionário andava armado como um mercenário em Belize. Desde que iniciou sua fuga, McAfee acusou ex-funcionários de planejarem incriminá-lo e matá-lo e, em uma entrevista, negou ser paranoico.

Segundo McAfee, que vem relatando sua fuga em um blog, ele está 'na mira' das autoridades desde que se negou a fazer uma contribuição a um político local. Em abril deste ano, ele teve sua casa em Belize invadida por policiais, que encontraram um laboratório de química, US$ 20 mil e um estoque de armas de fogo. McAfee chegou a oferecer US$ 25 mil como recompensa para quem provar sua inocência. Em 2010, McAfee vendeu para a Intel a empresa que criou em 1980. Desde então, não tem mais participação na companhia, que ainda leva seu nome.

Fonte: Terra
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