iPhone 17: Devo comprar o celular da Apple? Veja motivos para investir ou esperar antes da troca
Novo aparelho aposta em bateria mais durável e câmeras potentes, mas mantém design repetido e alto custo
A Apple lançou na última semana o iPhone 17, que chega ao Brasil por preços a partir de R$ 8 mil. O novo modelo traz avanços em tela, câmeras e bateria, mas mantém o mesmo design da geração anterior.
Com display de 6,3 polegadas e taxa de atualização de 120 Hz, o celular aposta em maior fluidez e brilho, além de um conjunto de câmeras de até 48 MP e uma frontal de 18 MP com a tecnologia chamada Center Stage. A bateria também ficou maior e promete até 30 horas de reprodução de vídeo.
As novidades, no entanto, levantam a dúvida para consumidores: será que vale a pena trocar de aparelho agora? Entre os pontos a favor estão as melhorias no uso e na autonomia. Por outro lado, o preço elevado, os poucos ganhos de desempenho e o design quase repetido pesam contra a atualização.
Veja abaixo os fatores que pesam na escolha do iPhone 17 padrão — a análise não leva em consideração os recursos da linha Pro.
Motivos para comprar o iPhone 17
Câmera melhorada
A Apple melhorou a resolução da câmera ultra angular do iPhone 17 de 12 MP para 48 MP, um salto que deve resultar em fotos mais nítidas e com mais detalhes, especialmente em registros de paisagens ou ambientes amplos.
A câmera principal mantém 48 MP, mas continua equipada com o sistema de estabilização óptica por deslocamento de sensor (sensor-shift OIS), tecnologia que reduz borrões causados por movimento das mãos. Essa combinação melhora a performance em fotos noturnas e em locais de pouca luminosidade.
Na parte frontal, a câmera passa a ter 18 MP e ganha estabilização de vídeo, recurso que beneficia chamadas de vídeo, transmissões ao vivo e gravações em movimento. O suporte ao Center Stage, que ajusta automaticamente o enquadramento para manter o usuário no centro da tela, reforça a proposta de tornar o aparelho mais funcional para videoconferências.
Outro diferencial é o recurso de Câmera dupla, que permite gravar simultaneamente com a lente frontal e traseira. A função é voltada para criadores de conteúdo e amplia a versatilidade do aparelho em produções que exigem múltiplos ângulos, aproximando o iPhone 17 de modelos mais avançados no quesito vídeo.
Bateria mais durável
A autonomia é outro ponto em que o iPhone 17 mostra evolução. Equipado com uma bateria de 3.692 mAh, o aparelho promete até 30 horas de reprodução de vídeo, 11 a mais que o modelo do ano passado.
O carregamento rápido também recebeu melhorias: em apenas 20 minutos, o celular pode recuperar 50% da carga com um adaptador de 20 W. O suporte ao MagSafe foi ampliado, permitindo carregamento sem fio de até 25 W, e o gerenciamento inteligente de energia ajuda a prolongar a vida útil da bateria.
Chip A19 e suporte a Apple Intelligence
O iPhone 17 vem com o chip A19, que traz melhorias voltadas para inteligência artificial (IA). A CPU de seis núcleos e a GPU de cinco núcleos foram ajustadas para rodar melhor recursos do iOS 26, como reconhecimento de imagem e assistentes inteligentes.
Isso deixa tarefas como editar fotos e vídeos diretamente no celular mais rápidas e estáveis. Jogos pesados também rodam com desempenho mais constante e gráficos melhores.
Na prática, o A19 não muda muito a velocidade em tarefas simples, como redes sociais ou streaming, mas melhora bastante a experiência em apps que usam IA e games, tornando o celular mais preparado para recursos avançados.
Tela com maior qualidade
A tela é um dos principais destaques do iPhone 17. Pela primeira vez, o modelo de entrada recebe a tecnologia ProMotion, que dobra a taxa de atualização de 60 Hz para 120 Hz. Isso deixa a navegação mais suave e melhora a resposta ao toque, especialmente em vídeos e jogos. Mas é um recurso visto há anos até em celulares Android, incluindo modelos intermediários.
O brilho também aumentou, chegando a 3.000 nits, contra 2.000 do iPhone 16, o que facilita a visualização sob luz forte e em ambientes externos. Além disso, a redução de reflexos em 33% melhora o uso em diferentes condições de luminosidade.
Com 6,3 polegadas, a tela tem tamanho próximo ao do iPhone 17 Pro. Na prática, a diferença é mais perceptível em tarefas que exigem rapidez e precisão, como rolagem de páginas, jogos pesados e navegação em apps.
Motivos para não comprar o iPhone 17
Preço elevado
O iPhone 17 chega ao Brasil com preço inicial de R$ 8 mil na versão de 256 GB, valor superior ao de concorrentes diretos como o Galaxy S25, que pode ser encontrado por cerca de R$ 6,3 mil no site oficial da Samsung e por valores ainda menores no varejo online.
A diferença de preço é um dos principais obstáculos, já que o modelo anterior, o iPhone 16, ainda é competitivo e pode ser adquirido a partir de R$ 4.599. Isso torna a relação custo-benefício do novo celular menos atrativa.
Além disso, o preço do iPhone 17 básico se aproxima de modelos premium, como o iPhone 17 Pro, que oferece recursos avançados de fotografia e processamento mais potente. Essa proximidade pode fazer consumidores optarem por investir um pouco mais em versões superiores.
Mesmo design do iPhone 16
Visualmente, o iPhone 17 mantém praticamente o mesmo design do iPhone 16, com laterais retas, traseira de vidro e módulo de câmeras em formato de pílula. Essa falta de mudanças estéticas gera a percepção de que o aparelho é apenas uma atualização incremental.
Enquanto a linha Pro recebeu um novo bloco retangular que ocupa toda a largura da traseira, conferindo identidade renovada, o modelo básico se limita a repetições. Para quem espera novidades de design a cada ciclo, o iPhone 17 pode soar como mais do mesmo.
Assim, consumidores em busca de identidade visual inédita encontram poucos motivos para migrar do iPhone 16 para o 17, especialmente considerando o preço elevado.
Poucos ganhos de desempenho
Apesar do chip A19, o iPhone 17 não oferece grande diferença de desempenho em relação ao A18 do iPhone 16. Ambos têm CPU de seis núcleos, GPU de cinco núcleos e a mesma arquitetura de 3 nm, e os ganhos aparecem principalmente em jogos pesados ou recursos de IA.
Para o uso diário, como redes sociais, vídeos e apps comuns, a experiência é praticamente igual. Quem já tem o iPhone 16 ou modelos anteriores pode achar que a troca não vale a pena.
Os avanços são mais percebidos em tarefas específicas, mas fora desses casos, o iPhone 17 funciona mais como uma atualização técnica do que uma novidade de performance.
Suporte exclusivo a eSIM em aparelhos comprados fora do Brasil
Outra característica que pode pesar contra o iPhone 17 é a ausência de bandeja física para chips SIM nos modelos comprados em países como os EUA e Porto Rico. Nesses casos, o aparelho é compatível apenas com eSIM, tecnologia de chip virtual que depende de suporte da operadora.
Embora o recurso já esteja em expansão no Brasil, ele ainda não é amplamente adotado. Usuários que dependem de chips físicos, seja por limitações de operadoras ou para uso em viagens internacionais, podem enfrentar dificuldades.
A exclusividade ao eSIM também reduz a flexibilidade para quem utiliza mais de uma linha, prática comum em celulares com entrada dupla. Essa limitação pode afastar consumidores que ainda não estão prontos para migrar totalmente ao chip virtual.
Vale destacar que os modelos do iPhone 17 vendidos oficialmente no Brasil ainda terão bandeja para chip físico, ou seja, quem comprar o aparelho aqui não enfrentará essa limitação, que é um ponto a considerar apenas para quem adquire o iPhone fora do país.