Há algo mais perturbador do que "um Chernobyl": é um Chernobyl voador, está nas mãos da Rússia e já está sendo testado
O teste Burevestnik ocorre como uma resposta integrada a três linhas de pressão simultâneas.
A Europa e os EUA decidiram cruzar mais uma vez uma das linhas vermelhas impostas pela Rússia desde o início da invasão da Ucrânia. O "caminho inglês" havia sido ativado com os mísseis de longo alcance Storm Shadows. Agora, o reaparecimento público do programa russo Burevestnik, na mesma semana em que as negociações entre Moscou e Washington se deterioraram, não pode ser um evento isolado ou técnico, mas sim um movimento calculado: a implantação de um sistema nuclear com alcance virtualmente ilimitado envia uma mensagem estratégica.
Um míssil para atravessar tudo
Putin e Gerasimov descreveram um voo de 14.000 quilômetros, com aproximadamente 15 horas de duração, movido a energia nuclear, endossando o que foi anunciado em 2018 como resposta a duas decisões dos EUA: defesa antimísseis após a retirada do Tratado ABM e expansão da OTAN.
A mensagem não é apenas técnica ("invencível" para as defesas atuais e futuras devido ao seu alcance e trajetória imprevisíveis), mas também doutrinária: a Rússia quer restabelecer a ideia de que nenhuma arquitetura ocidental de negação de acesso pode ser imune ao risco nuclear. A repetida referência a "ninguém mais o possui", uma vez que as categorias e a infraestrutura para sua implantação já devem estar planejadas, sugere que Moscou deseja que o Ocidente entenda que esse sistema deve ser tratado como um fato estratégico e não como um protótipo.
O apelido
O ...
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