Fungos mutantes sobreviventes de Chernobyl podem ir parar no espaço e virar escudo de radiação de estações espaciais
Fungos que crescem em meio à radiação de Chernobyl estão sendo estudados como escudos biológicos para proteger astronautas no espaço
Quem diria que um desastre nas proporções de Chernobyl traria algo de bom? No que restou do pior acidente nuclear da história, ocorrido em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, foram encontrados uma espécie de fungo quase mutante: os fungos radiotróficos. Diferente dos fungos "normais", essa espécie se alimenta de um processo chamado de radiossíntese, que produz energia através da radiação. É exatamente por isso que esses fungos, de nome científico Cladosporium sphaerospermum, conseguiram sobreviver nesse ambiente que é letal para qualquer ser humano. Observando essa característica, pesquisadores americanos decidiram usar esses fungos como escudos da Estação Espacial Internacional (ISS), um laboratório de pesquisa que orbita o planeta no espaço, para ver se suportariam a alta exposição radioativa.
Fungos mutantes? Saiba como fungos sobreviveram ao desastre nuclear de Chernobyl
A ideia de usar fungos radiotróficos como escudo contra radiação é muito criativa. Ela surgiu em 2018, quando Xavier Gomez e Graham Shunk, dois jovens americanos que ainda estudavam no ensino fundamental, descobriram pesquisas sobre espécies que cresciam em Chernobyl, absorvendo e neutralizando radiação. A partir disso, eles desenvolveram um experimento para testar o potencial dos fungos no espaço.
Os dois jovens venceram um concurso de inovação e enviaram uma placa de Petri, um recipiente raso usado em laboratórios para cultivar microrganismos, com o fungo mutante em seu interior, diretamente para a Estação ...
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