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Elon Musk diz que se arrepende de levantar motosserra com Milei em evento conservador nos EUA

Bilionário critica megaprojeto fiscal de Trump e admite que gesto durante conferência "faltou empatia"

2 jul 2025 - 11h31
(atualizado às 12h31)
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O bilionário Elon Musk afirmou nesta terça-feira, 1º, que se arrepende de ter erguido uma motosserra ao lado do presidente da Argentina, Javier Milei, durante um evento conservador nos Estados Unidos em fevereiro deste ano. A cena, registrada no palco da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), viralizou na época e se tornou um dos símbolos da aproximação de Musk com lideranças da direita global.

"Ponto válido. Milei me deu a motosserra nos bastidores e eu fui na onda, mas, em retrospecto, faltou empatia", escreveu Musk na rede social X, em resposta a um usuário que o acusou de estar mais preocupado "em parecer descolado" do que em apresentar resultados. A crítica surgiu em meio a uma nova onda de publicações do empresário sobre a necessidade de limitar os gastos públicos nos Estados Unidos.

Durante o evento em Maryland, Musk recebeu a motosserra como presente de Milei e a ergueu no palco diante da plateia, afirmando que o objeto era "para a burocracia". A motosserra foi usada como símbolo da campanha de Milei, marcada por promessas de cortes drásticos no Estado. À época, Musk ocupava o cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado por Donald Trump para reduzir os gastos da máquina pública.

O gesto, no entanto, voltou a ser debatido agora em um novo contexto: o acirramento da crise entre Musk e o próprio Trump. O empresário tem criticado duramente o megaprojeto fiscal do presidente, que prevê cortes de impostos mas também amplia o teto da dívida pública. Musk diz que a medida ameaça setores estratégicos e pode gerar perda de empregos em áreas ligadas à inovação.

No fim de semana, enquanto o Senado ainda analisava a proposta, Musk escreveu que o pacote era "completamente insano e destrutivo" e acusou o governo de dar "mimos a indústrias do passado enquanto prejudica o futuro". Ele também sugeriu a criação de um novo partido político como alternativa aos republicanos.

A resposta de Trump foi imediata e subiu o tom. Durante uma entrevista coletiva na Casa Branca, o presidente norte-americano insinuou que poderia acionar o próprio DOGE contra Musk. "Sabe o que é o DOGE? É o monstro que talvez precise voltar e devorar Elon", disse Trump, em referência à agência que o bilionário liderou até maio. O presidente ainda disse que pode revisar contratos federais com empresas de Musk, como Tesla e SpaceX.

Em outro momento, Trump foi além e disse que não descarta deportar Musk, que nasceu na África do Sul. "Vamos ter que dar uma olhada nisso", declarou o presidente. Musk, no entanto, é cidadão americano, o que impede a deportação legal. Em resposta, o empresário afirmou no X: "É muito tentador escalar isso. Muito tentador. Mas vou me conter por enquanto."

A relação entre Musk e Trump, antes próxima, vem se desgastando desde o início de junho, quando os dois trocaram ataques públicos. Apesar de uma breve trégua nos dias seguintes, o conflito se reacendeu com a tramitação do projeto fiscal no Congresso.

Estadão
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