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Copa do Mundo 2022: a evolução das chuteiras durante as décadas

Abandonando o pesado acabamento de couro e bicos de aço, chuteiras se tornaram mais finas, leves e confortáveis com o passar dos anos

22 out 2022 - 15h02
(atualizado em 23/10/2022 às 19h01)
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Toda pessoa com o mínimo de conhecimento em futebol reconhece a enorme importância dos calçados projetados especialmente para dar maior conforto e agilidade aos pés de atletas profissionais, amadores ou mesmo casuais. As chuteiras garantem estabilidade e velocidade em campo graças ao seu solado de travas — que usam diferentes materiais dependendo das condições do jogo para garantir firmeza — e sua evolução no passar dos anos é um feito impressionante.

A história nos conta que o futebol moderno com regras como conhecemos hoje surgiu na Inglaterra de 1863, mas o esporte já era popular no país desde o século XVI e sapatos voltados para sua prática não passavam de botas rígidas feitas a pedido da monarquia inglesa.

Foto: Victor Carvalho/Canaltech / Canaltech

Era costumeiro que as botas de couro ficassem encharcadas durante jogos em tempos de chuva, e graças ao solado liso o esporte se tornava ainda mais desafiador e escorregadio sobre a grama.

Foi a partir de 1890 que o futebol ganhou sapatos ainda mais específicos e adaptados aos jogadores, com pregos na sola (travas) para garantir aderência e mobilidade em variados terrenos.

Apenas na década de 1920 surgiram as chuteiras de futebol mais avançadas. Criado pelos irmãos Rudolf e Adolf "Adi" Dassler, o calçado de couro ganhou bico de aço e pregos na sola (travas) para garantir estabilidade e aderência na grama, além de ter ficado mais leve, saindo de 1 kg para cerca de 500 gramas.

Em 1948 os irmãos Dassler dividiram a empresa para seguir seus próprios passos. Adi Dassler combinou suas iniciais para fundar a Adidas, enquanto Rudolf usou a mesma estratégia para criar a Ruda, que pouco tempo depois teria o nome alterado para Puma. Ambas as empresas competem entre si no segmento esportivo até os dias atuais.

Uma das grandes decisões da Adidas para sua marca ser facilmente reconhecida nos gramados aconteceu na década de 1950, onde a empresa adotou as três listras brancas que nunca mais seriam substituídas.

Nesta mesma década as chuteiras tiveram seu cano alto substituído por cano baixo, tornando o uso mais confortável para os jogadores e oferecendo maior mobilidade para o tornozelo.

A Adidas ainda foi responsável por apresentar travas intercambiáveis para facilitar a troca do solado caso as condições do solo mudem no decorrer da partida.

No fim da década de 1960 a Puma lançou a chuteira Puma King com couro de canguru mais leve que concorrentes e nova construção de solado com travas antiderrapantes para garantir maior flexibilidade e estabilidade.

A Puma King foi a primeira chuteira personalizada para um jogador, com a edição Pelé estreando em 1970 exclusiva para o jogador brasileiro. O Rei do Futebol conquistou seu terceiro título mundial com a seleção brasileira usando a chuteira, o que garantiu à Puma King Pelé enorme popularidade, se tornando uma das mais vendidas da história, e repetindo a parceria com outros atletas ao longo dos anos.

Em 1989 a Adidas Copa Mundial é lançada. A chuteira mais vendida do mundo chegou com couro de canguru e solado de poliuretano pesando apenas 270 gramas, uma evolução enorme em relação às antigas chuteiras com cerca de 1 kg.

A partir de então tivemos modelos cada vez mais leves, estreando materiais sintéticos como borracha para garantir melhor controle da bola. Nos anos 1990 a Nike apresentou a inovadora chuteira Mercurial, com apenas 220 gramas, novas travas e visual colorido. O modelo calçou os pés de Ronaldo na Copa de 1998.

Nos anos 2000 tivemos lançamentos ainda mais diversificados e populares. O Nike Air Zoom Total 90 II estreou com uma camada de ar no solado para aumentar o conforto do jogador, enquanto o Adidas F50 se diferenciava pelos laços escondidos e o Puma V1.06 se tornava em 2006 a chuteira mais leve da marca até o momento, com apenas 218 gramas.

Com a evolução da tecnologia e chegada de materiais mais leves, finos e resistentes, os anos 2010 representaram um salto impressionante no peso e maleabilidade das chuteiras, com modelos superleves pesando aproximadamente 150 gramas.

A década passada também representou o retorno das chuteiras de cano alto, se tornando mais populares por permitir que jogadores sintam o toque da bola com maior precisão e permitam um controle maior durante o jogo.

Atualmente marcas como Adidas, Nike e Puma continuam representando o que há de mais avançado em tecnologia para chuteiras, com modelos anatômicos que se moldam aos pés dos atletas, uso de materiais sintéticos leves e confortáveis, grande resistência e várias opções personalizadas.

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